Cultura

AOS 10 ANOS DE PAUS

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Os PAUS são uma banda híbrida. Híbrida no sentido de a sua música ser uma fusão de géneros musicais. Híbrida, também, no sentido de serem um conjunto de membros de bandas distintas.

Hélio Morais e Quim Albergaria foram os fundadores, corria o ano de 2009. Makoto Yagyu e Fábio Jevelim juntaram-se mais tarde. Entre todos, estão relacionados com bandas como Linda Martini, If Lucy Fell, Vicious Five e Riding Pânico.

Nestes seus 10 anos de atividade, têm já quatro álbuns publicados e dois EPs. PAUS, o álbum de estreia homónimo, remota a 2010. Clarão foi lançado três anos mais tarde e mais três passaram até chegar Mitra. Madeira é do ano passado e marcou uma nova sonoridade.

O som único da banda e a liberdade musical pura já conseguiram garantir um currículo impressionável a PAUS – mesmo sendo uma banda que não chega ao mainstream nacional. São presença comum em festivais como NOS Alive, Vodafone Paredes de Coura, Super Bock Super Rock e NOS Primavera Sound. A sua música experimental e inovadora já os levou a vários dos grandes festivais além-fronteiras.

“Foram 10 anos que nos permitiram experimentar muita coisa na música, muitas parcerias, muitas editoras diferentes, tocar por toda a Europa, no México, nos Estados Unidos, no Brasil (onde iremos este ano). Pudemos tocar com músicos que admiramos nos ciclos ‘Só Desta Vez’. Acabámos por fazer tudo o que nos apeteceu fazer, porque sempre fomos uma banda em mutação e pouco rígida.”

Desta forma, Hélio Morais resume os 10 anos de PAUS. 2019 será um ano em cheio para o grupo. É o ano em que celebram “10 anos de banda na estrada, em estúdio e com edições novas”. Arrancaram logo nos primeiros dias de janeiro com uma mini tour de doze datas; neste momento já estão em contagem decrescente – a quatro do fim. A receção do público tem sido bastante acolhedora, com a maior parte dos concertos a esgotar.

Tendo em conta o passado, mas centrado no presente e partindo para o futuro, Hélio diz que “como banda, ainda gostaríamos de explorar outros territórios, começando no Brasil. Gostaríamos de continuar a encontrar entusiasmo e elementos que possamos aglutinar na banda”.

“Como explicamos a nossa música? Não o fazemos. Não sabemos. Dá para dançar, mas pode pregar partidas com os tempos. Dá para cantar, mas pode ser incómoda. Tem tanto de África, como de Seattle, como de Queluz.”

PAUS no Maus

Nesta tour de celebração, o quarteto esteve nos Maus Hábitos, no último dia de janeiro, para fazer a sala esgotada vibrar com as suas duas baterias.

A convite do evento relembra esta década que passou. “Em 2019 os PAUS celebram 10 anos de banda. 10 anos em que se propuseram a coisas tão disparatadas que a ideia de falhar não pudesse, sequer, soar a fracasso. Mas a verdade é que muitas dessas ideias, à partida, disparatadas, acabaram por se concretizar. E é isso mesmo que se pretende celebrar em 2019. Não uma idade, não um estatuto, mas sim a ideia de que sonhar é bom e, às vezes, até se pode tornar realidade.”

O JUP marcou presença neste evento e preparou uma fotogaleria.

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