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ENES E THE FAQs: DOSE DUPLA NOS MAUS HÁBITOS

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Passava meia hora do planeado quando a sala de espetáculos dos Maus Hábitos deu as boas-vindas aos The FAQs. A banda portuense estava de regresso ao espaço, sete anos depois da atuação anterior.

“I’m a Pain” foi a música escolhida para inicar um concerto cheio de energia. Logo de seguida, surge “Back In Line”, que dá nome ao primeiro EP do conjunto. O vocalista Henrik mostrou de uma assentada a sua intensidade característica a interpretar os temas.

“Obrigado!”, começa. “É um prazer estar aqui passados sete anos”. “Party” era a próxima do alinhamento. A guitarra, a bateria e o baixo fundem-se com os vocais rasgados e criam uma sobrecarga sonora que leva os Maus ao rubro.

Fotografia: Joana Nogueira

“Vamos tocar esta porque não bebemos água, só álcool”, diz Henrik. Introduz-se, assim, “Can’t Live Sober”, com letras bem-humoradas, típicas dos The FAQs.

Sem momentos para respirar, o concerto prossegue a alta voltagem com “Moral Machine” e “Portugal”. Uma crítica política é evidente em “Song For The Masses”, entoada numa espécie de diálogo com o público, até ao clímax explosivo.

A banda não esgota as baterias e a audiência retribui de igual forma. O punk continua em força com “Tasks” e “Give Me Fire”.

Henrik senta-se no palco enquanto os outros elementos tocam uma peça ligeira. “É importante ter pessoas que se importam connosco”, afirma, em jeito de agradecimento. Isto serve de transição para a grande favorita do público, “Punhetas”.

Num momento de pura sintonia, a letra é cantada a uma só voz pelas pessoas presentes na sala. A certa altura, o vocalista até estende o microfone para os fãs se fazerem ouvir.

A atuação chega ao fim com “Love and Violence” e os Maus Hábitos aplaudem efusivamente. Em menos de uma hora, os The FAQs deixaram a sua marca.

Fotografia: Joana Nogueira

À margem do concerto, o JUP teve a oportunidade de falar com o vocalista da banda, Henrik. “É incrível” a forma como regressaram aos Maus Hábitos. Os The FAQs tentam sempre “passar a energia para o pessoal”. “Nós queremos que o pessoal se divirta”, declara o vocalista.

Sobre um novo álbum, Henrik aponta “março ou então abril” como possíveis datas de lançamento. Afirma ainda que está um “novo single para breve”. “Estamos a experimentar algumas músicas e ainda temos umas surpresas guardadas”, revela. “A reação tem sido positiva”.

Os ENES entraram em palco, pouco depois, para continuarem a noite. “Tomorrow’s Breakfast” quebra o gelo e anima a multidão.

Uma das mais conhecidas, “Lighter Weight”, vem de seguida. O ritmo do refrão fica no ouvido e ajuda a manter a energia da sala.

Fotografia: Joana Nogueira

A chegada de “Toxic” quis dizer a despedida da camisola de Andrés Malta. O vocalista tem sempre uma presença movimentada em palco, e nessa noite não foi exceção.

“Unfinished Business”, o mais recente single, e “Synthetic Emotions” trouxeram um registo ligeiramente diferente.

“Just Like The First Time” deu continuidade ao concerto, com “Happy Trails” a vir depois. O baixo e a bateria destacaram-se ao longo de toda a atuação, devido à qualidade rítmica que imprimiam às melodias.

“I’m Leaving You” inicia a reta final do concerto. A força emocional da música faz com que resulte num dos melhores momentos do concerto.

A atuação termina da mesma forma que o álbum dos ENES, com “Walkout”. O último acorde significa um grande aplauso dos presentes.

Os Maus Hábitos apresentaram na quinta-feira uma dose dupla de bandas talentosas. O fervor musical constante da noite vivida na sala de espetáculos do espaço fez valer o preço do bilhete.

Fotografia: Joana Nogueira

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