Cultura
OS BEST YOUTH DERAM LETRA AO PORTO
A primeira sessão de 2019 não poderia ter corrido melhor. O indie pop apoderou-se do palco do museu e conquistou cada membro da plateia numa conversa-entrevista descontraída e acolhedora.
Foi com um auditório esgotado que os Best Youth estrearam o Dar Letra à Música de 2019, mas isso não os intimidou. Com uma naturalidade e sinceridade notáveis, os dois membros da banda iam intercalando histórias de vida com interpretações de originais que conquistavam o público, entre os quais os bem conhecidos do público “I’m Still Your Girl”, “Black Eyes” e “Midnight Rain”.
Começaram por ser dois jovens que sofriam do mesmo mal: férias com os pais e com os amigos dos pais. E foi aí que se conheceram. Aquela que começou por ser uma relação forçada acabou por dar origem a uma das grandes bandas do indie pop português.
São como da água para o vinho. Ele das Antas, ela da Foz. Ela estudou Som e Imagem e, se não fosse a música, talvez fosse jornalista. Ele estudou Engenharia Química e tirou um mestrado em Design de Produto. A verdade é que, no que toca à música, a combinação é perfeita.
Com apenas dois álbuns em sete anos de existência, a banda não se deixa medir pelos números e prova, com o contar de inúmeros episódios, que são vários os trabalhos de qualidade. Tendo trabalho com diversos grupos, atuado em festivais e ido a Nova Iorque, a banda vai coletando assim experiências que os enriqueceu, não só enquanto banda, mas também enquanto pessoas.
As composições são da autoria dos dois e a banda admite ter queda para escrever sobre o amor. A cinematografia inspira-os cada vez mais. No meio da conversa, Ed confessa que ser músico não é difícil mas exige muito trabalho. “É 90% suor, 10% aparecer”, diz o guitarrista.
Numa mistura de humor, sinceridade e descontração a conversa-entrevista permitiu ao público conhecer a banda por detrás das músicas.