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OLIVETTI: TIPOGRAFIA EM DESUSO VIRA ARTE

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Olivetti foi uma das marcas mais icónicas de máquinas de escrever no século passado. Com o avançar da tecnologia, também a marca evoluiu para a produção de outros mecanismos tipográficos, agora digitais, que usamos hoje em dia.

No entanto, apesar de já não serem produzidas, muitas destas máquinas foram preservadas, bem como alguns exemplares de propaganda gráfica da marca italiana. É disso mesmo que se trata a curadoria de David Barro e María Ramos.

O destaque da exposição, disponível até 26 de maio no Museu e Igreja da Misericórdia do Porto, na Rua das Flores, é uma recolha de máquinas de escrever Olivetti da coleção SIRVENT e de cartazes gráficos e tipográficos de designers de referência, que produziram para a marca. Os famosos tipos de letra da Olivetti, alguns convertidos para o digital, podem também ser observados numa indexação e exemplificação junto a cada máquina exposta.

Amarelo, azul turquesa, verde, ou até cor de rosa são algumas das cores vibrantes das máquinas de escrever que se encontram no museu. Contudo, não falta o elegante preto ou o cinzento que não compromete em máquinas de uso pessoal ou industriais. Existe uma grande variedade de modelos das máquinas de escrever expostas, embora todas pertençam à mesma coleção.

Já as obras de propaganda e design gráfico selecionadas enquadram-se todas na estética das décadas a que pertencem – anos 50 e 60 – com cores chamativas e tipografias audaciosas, características do design de comunicação da época.

A coleção SIRVENT dispõe de mais de quatro mil máquinas, contudo apenas foi selecionada uma pequena amostra, organizada por ordem cronológica: “desde as que surgiram no início do século XX até às mais icónicas da Olivetti”, afirmou Cláudia Lopes, assessora do museu.

A exposição pretende apresentar “o legado do design industrial, gráfico e tipográfico da marca italiana”

Fotografia por Ana Rita Félix.

A marca, fundada em 1908 por Camillo Olivetti, tornou-se célebre com a democratização do acesso ao processamento de texto, tendo contribuído para o surgimento e execução de movimentos sociais como o feminismo. Agora, 111 anos depois, a Olivetti prevalece no processamento de texto, tendo-se adaptado ao avanço tecnológico.

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