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Cultura

OH MY KEVIN MORBY

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Deus, o Diabo, anjos e o Paraíso vieram até ao Auditório Vita, na cidade de Braga, acompanhados pela voz reconfortante de Kevin Morby. Anunciado inicialmente nos jardins do Museu D. Diogo de Sousa, a organização viu-se obrigada a alterar a localização do concerto para um espaço fechado, já que São Pedro não parecia satisfeito com a visita do seu chefe a terras bracarenses.

Sala cheia, nuvens em palco e um Kevin Morby vestido de branco, o concerto começa. Sentado ao piano, o artista calca as teclas expressando o que parece ser algum nervosismo. De seguida, acompanhado pelo fiel trompetista Hermon Mehari, o ambiente começa a instalar-se com “Hail Mary” e “Savannah”, temas do novo álbum Oh My God.

As preces continuaram ao longo da noite, com “Piss River”, “Congratulations”, “Seven Devils” e “O Behold”. Katie Crutchfield foi a surpresa da noite, acompanhando a sua cara-metade numa versão do tema “The Dark Don’t Hide It”, de Jason Molina e Downtown’s Lights, do álbum de 2017 City Lights.

“Sinto-me como se estivesse a dar uma aula na faculdade”, brinca o artista. “Bem-vindo à minha TED Talk!”. Segue-se uma série de momentos de reflexão e conversa com o público, admitindo o artista um determinado afeto por Portugal – e especialmente pela cidade do Porto. A seguir a “Beautiful Strangers” – que o artista dedicou ao público – , “Destroyer” e “I Have Been to The Mountain”, Kevin Morby interpreta “Dorothy”, uma canção de Singing Saw fortemente inspirada pelo Porto.

Uma noite de reflexão, de momentos completamente a solo por parte do artista e de canções em que se faz acompanhar da voz de Katie e do trompete de Hermon chega a seu fim, com Kevin Morby a brincar com a típica rotina de tocar a última canção, ir para “uma pequena sala lá ao fundo e esperar que as pessoas aplaudam e batam com os pés no chão para voltar e tocar mais um bocado”.

Bem, dito e feito. O público chamou o norte-americano, que prontamente regressou para interpretar temas como “It Ain’t Me Baby”, original de Bob Dylan, “Parade”, e, para fechar o concerto com um sabor doce, “Harlem River”, um clássico da discografia do texano que se inspirou fortemente nos encantos da cidade de Nova Iorque. Fica, então, a promessa de que voltará a Portugal algures no próximo ano e o pensamento agradável de saber que um artista tão completo e tão profundo procura a sua inspiração em terras lusas.

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