Cultura

ZANIBAR ALIENS E O SEU ÁLBUM DE OUTRO MUNDO

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Lançado há pouco mais de 10 dias, IV é o quarto álbum de estúdio de Zanibar Aliens, que rumaram ao Porto na passada quinta-feira (20), para o apresentar.

Um atraso digno de dizer “O que é bom faz-se esperar” marcou o início do concerto. Ainda assim, o público que se ia juntando na sala de espetáculos do Maus Hábitos parecia pronto para cantar, dançar e viajar ao som do Rock n’ Roll à la Anos 70 de Zanibar Aliens.

“Milky Way”, do novo álbum, abriu as hostilidades, servindo de background musical a quem ainda se ia adaptando à sala, ao ambiente, findando as visitas ao bar.

Seguiram-se “Circus Woman” e os muito sensuais acordes de “Rejoice”. Neste então, já estava instalado na sala o ambiente tão característico dos Zanibar Aliens, cálido, funky e impulsionador de passos de dança incontroláveis.

Após uma breve apresentação da banda, ouviram-se “Your Heart” e “There She Goes”, ambas também de IV.

Neste momento, o ambiente começou a aquecer, com as primeiras notas de “Sweet Rita”, um dos temas mais populares da banda, do seu segundo álbum, Space Pigeon. “I may not be a Beatle, I may not be a Stone/ But honey I can take you home” ouviu-se em coro pelo Maus Hábitos. Na realidade, por momentos o público poderia sentir-se num concerto duma das lendárias bandas mencionadas, não houvessem tremendas semelhanças nas suas sonoridades (e nas vestimentas) com as dos Zanibar Aliens. Uma autêntica viagem de volta aos anos 70, ainda que a maioria da plateia (e dos membros da banda, por sinal), não tivessem sequer nascido nessa época.

Chegou então a hora de pegar em III, o álbum que precedeu IV. É, o próprio guitarrista da banda, Filipe Karlsson, admitiu uma ligeira falta de criatividade no seu processo de nomenclatura dos álbuns. No entanto, não se deve julgar um álbum pelo título.

“All I Need is You” e “Lonely Hero” encheram a sala, fazendo a audiência abanar agressivamente os seus corpos.

Aproximava-se o fim do concerto, e entramos na reta final de canções, com uma sequência praticamente ininterrupta de “Fever”, “I Can’t Let You Go” e “No One Shows”. Houve ainda espaço para uma referência e uma salva de palmas a uma figura recorrente durante o concerto – Fernando Mendes e o seu “espetáculo!”.

Assim, durante 20 longos e deliciosos minutos, houve solos de guitarra e de teclado, e uma despedida arrastada aos máximos, típica de alguém que está a gostar demasiado do que está a fazer para lhe pôr um fim. Zanibar Aliens despedem-se assim do Porto e dirigem-se a Paredes de Coura para continuar a apresentação do seu novo álbum.

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