Cultura

VILAR DE MOUROS: O REGRESSO TÍMIDO DO PAI DOS FESTIVAIS

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O mítico festival de Vilar de Mouros – que se realizou pela primeira vez em 1971 – regressou ao Minho, oito anos depois da sua última edição. Com um cariz social, o festival foi organizado pela Fundação AMA Autismo e a totalidade dos lucros serão aplicados na construção de um edifício multifuncional, pensado para apoiar pessoas com autismo e as suas famílias.

O festival conta com uma localização privilegiada, com rio para os campistas e a praia a menos de oito quilómetros. Foram ainda pensadas várias atividades radicais para os festivaleiros, como canoagem, paredes de escalada e até um batismo de equitação, levadas a cabo por uma equipa de 130 voluntários.

A tarde começou com os Capitão Fausto, a banda mais jovem do primeiro dia do festival, e continuou com os Trabalhadores do Comércio, uns veteranos controversos com músicas de crítica social. Numa perspetiva otimista, seriam 100 os festivaleiros que assistiam.

Seguiram-se os Blind Zero, com um rock mais comercial, que ficou no ouvido de muitas pessoas que os ouviram na rádio. Por esta altura, o recinto começava a animar, com festivaleiros de todo o género e feitio: desde os mais saudosos aos mais pequenos, e até um cão por lá andava. Neste sentido, o festival cumpriu um dos seus propósitos: agradar a várias idades. Para quem gosta de levar a pequenada aos concertos, este é o espaço ideal.

Foi também noite de La Union, uma banda madrilena dos anos 90, trouxe o disco e o pop de novo ao palco, atraindo o público de uma faixa etária mais elevada e quase que repelindo os jovens.

Chegou por fim a hora de UB40, o momento mais esperado da noite. Num concerto animado, cumpriram com sucesso a sua missão, com especial destaque para a secção de metais da banda que pôs toda a gente a dançar. Para uma tarde que começou muito tímida, a noite acabou por ser agradavelmente salpicada por bons momentos musicais e um ambiente mais acolhedor.

O festival, que vai durar até sábado, conta ainda com nomes como The Stranglers,  José Cid, Xutos e Pontapés e Guano Apes.

1 Comment

  1. chicodopalacio

    02/08/2014 at 11:21

    Organizado por amadores com a arrogância de pretenderem executar uma tarefa tão complexa e profissional como um festival de música, só podia correr mal, muito mal. Debaixo da protecção do guarda chuva do cariz social, avançaram às cegas por um terreno que não conhecem e não dominam. O engraçado é ninguém manifestar surpresa por esta bizarra aliança de uma câmara municipal e de uma associação de autistas que enterraram com 3 milhões de euros o Festival de Vilar de Mouros

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