Cultura

VILAR DE MOUROS: A ÚLTIMA NOITE FECHOU COM CHAVE DE OURO

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O dia, dedicado ao rock, começou com The Legendary Tigerman, nome artístico de Paulo Furtado. Começou com a “Walkin Dowtown”, revelando desde logo o seu estilo singular: sozinho em palco, tocou rock’n’roll com uma guitarra e vários microfones, que adicionam efeitos à sua voz. Mostrou-se bem disposto música após música, tendo em palco a companhia de Paulo Segadães na bateria e João Cabrita no saxofone. Parecendo já um habitué de Vilar de Mouros, convidou o público para dançar em palco, confirmando-se como um dos músicos mais aplaudidos do dia.

Seguiram-se os Deolinda, com uma Ana Bacalhau sempre irreverente e divertida, que puxou pelo público durante mais de uma hora de concerto. Numa tarde dedicada à música portuguesa, a assistência cantou com a banda os seus maiores êxitos num coro afinado.

Chegada a vez de Xutos e Pontapés, o recinto viu a maior enchente da edição, com cerca de 10 mil pessoas. A banda, com mais de 30 anos de existência, teve o dom de arrastar a maior e mais diversificada legião de fãs. Desde os mais velhos aos mais novinhos, todos cantaram as músicas mais populares da sua longa carreira, como o “Homem do Leme”, “Não sou o único” ou “Maria”.  O concerto terminou com uma muito aguardada “Minha casinha”, à qual ninguém ficou indiferente.

Com o fim do concerto de Xutos e Pontapés e o início de Tricky, muito do público abandonou o palco principal e o recinto. O músico Adrian Nicholas M. Thaws ofereceu a uma assistência pouco entusiasmada sons rock sussurrados e uma atmosfera obscura. Pelo recinto, as pessoas sentavam-se no relvado à espera de Guano Apes.

O último concerto da noite foi da banda alemã, Guano Apes, que tocaram um rock alternativo, brindando os festivaleiros mais animados da noite com os sons e o ambiente mais pesados. Entre a assistência formaram-se moches violentos, ao que a vocalista Sandra Nasic chamou de “party crowd”. Os momentos altos do concerto deram-se com músicas como “Open your eyes” e “Oh what a night”, em que os fãs mais leais cantaram em uníssono com uma vocalista muito animada.

Este terceiro e último dia foi de longe o melhor dia de festival, sendo que a chuva apenas apareceu timidamente ao final da noite. Esta é uma edição que está prevista acontecer pelo menos nos próximos quatro anos, para que se cumpra o objetivo da construção de um edifício multifuncional de apoio a autistas e às suas famílias.

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