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Cultura

JUP Radar: Que Zeus não nos livre dos Zebra Libra

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Quando é que quatro jovens do norte se juntam para fazer nascer os Zebra Libra?

Os Zebra Libra nascem oficialmente no verão de 2018 com o João, o Henrique e o Dave. O Alex juntou-se à banda no início de 2020.

Há espaço para cada um ter intervenção no processo criativo? De que forma é que o vosso background pessoal e musical  influencia a vossa sonoridade?

Todos os elementos participam ativamente na criação das músicas. O facto de cada um ter estilos diferentes, faz com que consigamos aprender uns com os outros e abranger mais opções do que cada um de nós, individualmente, alguma vez conseguiria abordar, proporcionando muito mais riqueza e diversidade musical – algo que nós valorizamos muito.

Querem definir os Zebra Libra a um estilo categórico ou primam pela liberdade criativa também aí?

Temos muito prazer em explorar todo o tipo de ideias que surgirem. O rock acaba por ser mais uma questão de atitude e é isso que nós procuramos na nossa música, até porque a restrição a um único estilo de música é um método um pouco desatualizado.

O vosso som é jovial e irreverente, as vossas letras são aguçadas e, algumas, detêm sentidos subliminares. Há uma mensagem subjacente que querem passar? Ou a vossa única pretensão é fazer bom rock e divertirem-se com isso?

Gostamos de deixar o ouvinte tirar as suas próprias conclusões com as nossas letras. Temos as nossas intenções por trás do que escrevemos e há uma clara visão de acordar mentes, mas cada um pode interpretar como lhe fizer mais sentido. É também a beleza da música.

Quais as principais dificuldades que uma banda jovem, em estado embrionário, enfrenta?

A maior dificuldade seria tentar expor a nossa música e ganhar reconhecimento, isto porque o público em geral é muito reticente em relação a ouvir música de bandas que ainda não conhecem, o que acaba por ser um ciclo.

É possível haver um equilíbrio entre o que o público quer e o que vocês querem dar, como banda, sem que nenhum fique demasiado comprometido?

É das tarefas mais importantes. Não queremos fazer música só para nós, queremos chegar às pessoas e, às vezes, fazem-se compromissos. Mas todos nós gostamos da música que fazemos, por isso, na realidade, acaba por ser o melhor de dois mundos.

Aprenderam a ter essa sensibilidade para fazer este cálculo?

Acho que para isso só teremos resposta se o sucesso se instalar. Temos tido uma ajuda fantástica com a produção do grande Vasco Ramos (More Than a Thousand, XANDE), e confiamos totalmente no trabalho dele.

Há alguma faixa etária predominante dentro dos vossos ouvintes?

Geralmente temos mais público entre os 14 e os 25, de acordo com as estatísticas. Mas o nosso objetivo é partilhar a música com quem se relacionar com o nosso som e com as mensagens que passamos.

Quais as perspetivas para o futuro?

Temos duas músicas novas para serem lançadas, produzidas pelo Vasco Ramos. Esperamos gravar brevemente com arte nova, com uma nova artista com que andamos a trabalhar e que queremos, o quanto antes, partilhar com o público.

Se os Zebra Libra fossem definidos numa palavra, qual seria?

Energéticos!