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Cultura

West Side Story: Liberdade para ser o que se quer

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“Free to be anything you choose”; canta ela, convicta de si mesma, só para depois ser confrontada com uma verdade inquestionável, dita pelo seu amado: “Free to wait tables and shine shoes”.

A América, para Anita, é um lugar repleto de oportunidades, riqueza e liberdade. Durante um dos números musicais do icónico filme “West Side Story”, a personagem defende com unhas e dentes o lugar que tanto adora, os Estados Unidos da América – a “promised land”, a quem muitos recorrem na esperança de uma vida melhor.

 

À semelhança desta mulher, muitos eram os imigrantes que rumavam iludidos pela aparente riqueza do país, e que, só após a chegada, descobriam ser um lugar repleto de desigualdades sociais e económicas.

“West Side Story” é parte do importante legado cultural da cinematografia americana.

Não apenas porque a atriz que desempenhou o papel de Anita (Rita Moreno) recebeu o Óscar de melhor atriz secundária, em 1962, mas também porque o seu confronto com o namorado, Bernardo (George Chakiris), tenta fazer ver as enormes injustiças de que os Estado Unidos da América padecem. Esta, entre outras características, evidencia a longevidade desta obra de arte, como veículo da crítica social, e como espelho das tensões étnicas e desigualdades socio-económicas.

O filme data 1961, baseado no musical da Broadway e, desde então, deslumbra os espetadores, não só pelos números musicais, mas também pela narrativa de amor trágico.

Em “West Side Story”, Maria (Natalie Wood), a protagonista, irmã de Bernardo, que é líder do gangue “Sharks”, apaixona-se por Tony (Richard Beymer), membro do gangue rival, os “Jets”. À medida que o par luta pelo amor que os une, também os dois grupos lutam pelo controlo das ruas de Nova Iorque. Mas enquanto que “Sharks”, imigrantes de Porto Rico, não têm o apoio da polícia, os “Jets”, por vezes, beneficiam desse suporte.

Apesar de tudo, tanto Maria como Anita, não deixam de acreditar nem no amor, nem no sonho americano. No entanto, com o avançar e desenrolar da ação, ambas são confrontadas com uma tristeza de tal intensidade e dimensão, que acabam por perder a esperança em tudo o que acreditavam.

Várias décadas passaram e restam poucos meses até vir a público a adaptação, mas, certamente, o resultado enternecerá o espectador e vai fazê-lo questionar o mundo em que vivemos.

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