Cultura
Marta Ren: “Sempre fui perfecionista em relação à qualidade da minha música”
Marta Ren é considerada por muitos a “rainha portuense do soul”. Como é que isso a faz sentir?
Esses títulos são sempre estranhos de exprimir. Fico lisonjeada, porque percebo que é um grande elogio, mas prefiro sempre que as pessoas falem das minhas músicas, das letras, e se elas fizeram alguma diferença positiva na vida delas.
Mas como é que atingiu este patamar?
Devido à longevidade da minha carreira, da persistência, resiliência, e tantos anos de teimosia em busca do meu sonho de querer levar a minha música aos quatro cantos do mundo. Sempre fui perfecionista em relação à qualidade da minha música, desde a composição, letra, mistura, produção, masterização. E o mesmo na parte audiovisual – sempre me preocupei com a estética da imagem.
“[Durante a pandemia] as pessoas ficaram em casa a consumir música, a ler, ver filmes, séries, exposições e peças de teatro disponibilizadas online. A arte foi e continuará a ser um alimento e alento vital para a alma de todos.”
Como foi a trajetória desde o Sloppy Joe até agora?
Não sou muito de fazer retrospetivas, sou aquariana, vivo no futuro e estou sempre a pensar nele. Mas quando olho para trás, penso que foi tudo “sacado a ferros”. Nunca houve apoio governamental, nem privado… mas que ao mesmo tempo, parece que passou depressa.
O que é que procura fazer o público sentir?
Quando escrevo, a primeira coisa em que penso é na vontade que tenho de falar de um determinado assunto, história ou situação, muitas vezes minhas, outras que se passaram com amigos próximos.
“Obviamente que, com a minha música, quero dar alegria às pessoas, mas também quero gerar empatia, dizer-lhes que também sinto o que elas sentem, que sou feita da mesma sensibilidade. “
Como foi fazer um espetáculo com a Orquestra Jazz Matosinhos?
Foi um sonho realizado! Tive a oportunidade de ter as minhas músicas com novos arranjos, e tocadas por uma Orquestra que considero a melhor – no seu género, e sem querer ofender as outras do nosso país. Foi muito fácil trabalhar com eles. Não apenas fácil, mas também prazeroso e muito divertido. Adoro ensaiar e e adorei partilhar o palco com eles.