Cultura
Halloween: 20 sugestões culturais
É tempo de mudança e, como tudo em 2020, também este Halloween vai ser diferente. Num ano bem mais assombroso do que todos os “Jack O’ Lanterns” do mundo, o JUP decidiu reunir algumas sugestões verdadeiramente aterrorizantes para encher a noite mais assustadora do ano com cultura. Não há feitiços sem feiticeiros: e este ano, estando o mundo desligado da sua órbita, temos de ser nós mesmos os feiticeiros.
CINEMA
The Elephant Man (1980) – David Lynch
Ainda que tenha uma cara, um coração e duas pernas, John Merrick padece de uma deformação congénita e, por isso, é tratado como se fosse desumano. Dirigido por David Lynch, The Elephant Man vai ao encontro do toque experimental que é conhecido dos filmes de Lynch. No entanto, esta é uma história que foge ao absurdo, pois possui, de facto, uma base verídica: John Merrick (Joseph Merrick na vida real) nasceu, viveu renegado e troçado por todos, e morreu desejando ter sido alguém normal.
Incomoda e arrepia, não por ser tenebroso, mas sim pelos assomos de compaixão e desconforto que nos assaltam ao longo do filme. Ficamos, igualmente, deformados com os risos guturais de rejeição e troça que nos ficam a ressoar nos ouvidos, inesquecíveis… como se fôssemos nós os desolhados, os rebaixados, os despidos e ridicularizados.
Desliguem o interruptor e oiçam o homem no elefante.
Evil Dead (1981), Evil Dead II (1987) e Army of Darkness (1993) – Sam Raimi
A trilogia Evil Dead é a melhor trilogia do cinema de terror. Ponto final. E o que torna a jornada de Ash Williams, a personagem principal desta aventura (que se estendeu por 12 anos), numa viagem ímpar que se eleva perante outros filmes do género é a forma como, desde o primeiro momento da trilogia, não há nem presunção nem qualquer necessidade de a mesma ser levada demasiado a sério. É assustadora, impossivelmente gory e, ao mesmo tempo, ridícula, absurda e exagerada ao ponto de se tornar cómica. Neste cocktail de dois géneros quase antagónicos, constatamos que estamos perante um feito que ainda soa inovador quase 40 anos depois.
Ainda que um conceito destes se poderia ter esgotado ao fim de um filme, Sam Raimi conseguiu construir uma trilogia que se manteve refrescante pela forma como foi jogando com a construção da narrativa: o primeiro Evil Dead surge como um filme assumidamente de terror, com momentos de absurdidade cómica; o segundo equilibra com perfeição os momentos de tensão e os jump scares com gargalhadas; e o último da sequela, Army of Darkness, assume o papel de comédia com momentos genuinamente assustadores.
Uma trilogia completa, equilibrada e essencial para fãs de terror, de comédia e de cinema em geral.
Lights Out (2013) – David F. Sandberg & Lotta Losten
Em três minutos, Lights Out cumpre a missão com que anos e anos de cinema de terror se depararam, quase sem tentar. Não há efeitos especiais, não há CGI, não há sequer uma história. Só puro terror. Assente num medo recorrente em todos nós comuns mortais – o escuro –, Lights Out utiliza a arma de “o que não se vê é sempre mais assustador do que o que se vê” da melhor forma que alguma vez vimos desde Jaws, de Steven Spielberg, resultando num dos filmes mais assustadores alguma vez feitos.
Naquele que é o Halloween mais doméstico de todos os tempos,
Lights Out ganha ainda mais força, dado que toda a (pouca) ação desta
curta-metragem se passa dentro de uma casa.
Apesar de ter sido eventualmente adaptado para uma longa metragem em 2016, é nesta versão mais curta que o terror se intensifica. Três minutos depois, fica apenas o terror – e o que poderia ter sido uma boa noite de sono já não o será tanto assim.
What We Do in The Shadows (2014) – Taika Waititi
Quando o género vampiresco ultra popular no início dos 2010s parecia estar lentamente a desaparecer, eis que um pequeno raio de sol neozelandês, Taika Waititi, decide reavivá-lo da melhor maneira. What We Do in the Shadows segue a história da vida mundana de quatro vampiros colegas de casa na cidade de Wellington, e a forma como tentam lidar com as complexidades do mundo moderno, em estilo de mockumentary.
Waititi possui uma única e subtil abordagem (“questão de facto”) à comédia, através da qual expõe praticamente todos os típicos problemas de vampiro: ser invisível num espelho, não poder ser exposto à luz do dia, ter servos humanos, lidar com lobisomens e tentar manter o segredo a todo o custo. Até Twilight é mencionado.
What We Do in the Shadows é simples, curto e hilariante, e brilha mesmo por causa disso. Todas as linhas desta obra de arte merecem estar numa t-shirt, tatuadas e gravadas em várias lápides. Um filme de conforto perfeito para qualquer altura do ano, mas principalmente agora.
Coco (2017) – Lee Unkrich
Delicioso sem quaisquer contras, Coco é um filme de animação que serve para tudo e todos. Primeiro, porque gira a panóplia emotiva toda e, segundo, porque é simplesmente um doce reconfortante. A bem dizer, porque, para os que são facilmente atacados pelas lágrimas,
este é um daqueles filmes onde estas jorram sem pudor.
O «halloweenesco» do filme advém da história em si, porque o enredo concentra-se no Dia de Los Muertos, um feriado típico no México. Miguel, o pequeno e corajoso protagonista, vai à procura da história verdadeira da sua família, num caminho onde se vê embrulhado numa amálgama de indecisões e passos voláteis. Seguindo os seus instintos e a paixão pela música, Miguel deixa-nos uma história que nos comove de uma ponta à outra, com imagens absolutamente adoráveis e uma belíssima banda sonora. Ganhou dois Óscares em 2018, o de Melhor Filme de Animação e o de Melhor Canção Original.
LITERATURA
The Shining (1977) – Stephen King
Não há dúvidas de que The Shining é uma das maiores e mais célebres narrativas de terror de todos os tempos. No entanto, se por um lado o estatuto de clássico que lhe é atribuído também é consequente da brilhante adaptação ao cinema por Stanley Kubrick em 1980, a sua versão definitiva não pode ser outra que não a original – o livro de Stephen Kubrick.
Mais do que um livro sobre um hotel assombrado, e com uma trama que vai além dos moldes clássicos do terror, a ação de The Shining debruça-se sobre uma família assombrada pelos seus próprios fantasmas, a qual, ao isolar-se do mundo exterior, se vê obrigada a enfrentá-los ou a abraçá-los e a sucumbir-lhes.
E se a mestria com que King nos desenha um leque de personagens tão verdadeiras que se tornam quase palpáveis é um dos pontos mais fortes deste livro, a cereja no topo do bolo é a imersividade da história.
A certa altura, nós estamos tão fechados no hotel
quanto as personagens principais. Somos o Danny a andar pelos
intermináveis corredores e ouvimos tantas vozes na nossa cabeça quanto Jack.
Uma obra assombrosa para qualquer altura do ano, mas que merece o devido destaque num Halloween em que nos vemos obrigados a estar em casa. Que seja ela o nosso “Overlook Hotel”.
MÚSICA
The Rocky Horror Picture Show (1975) – Vários Artistas, Original Soundtrack
Referência em diversos filmes e séries, The Rocky Horror Picture Show é um teatro musical que muitos provavelmente conhecem. Em 1975 foi transformado em filme, sendo este bastante icónico pelas personagens caricatas que nele participam e pelo caráter burlesco de toda a construção que o suporta. A sua experiência visual é difícil de decifrar, uma vez que as excentricidade e todo o ambiente alienado que se desenrola ao longo do musical tanto podem tornar a sua visualização num momento hilariante como num fiasco de descair as pálpebras.
Contudo, esta sugestão incide sobre o soundtrack do musical, e não sobre o filme em si. Isto porque há qualquer coisa de mirabolante nas canções que faz acordar sorrisos e que nos energiza. Ao retirarmos o som à imagem, de repente é-nos possível criar um musical personalizado, fluindo por entre as personagens, pois “it’s just a jump to the left and then a step to the right“. Um álbum que liga o nosso interruptor interior.
Kid A (2000) – Radiohead
No meio de uma infinidade de obras musicais cujo propósito se prende em explorar temas de terror ou narrativas preenchidas por fantasmas, monstros ou demónios, ergue-se Kid A – a longa-duração dos Radiohead que, não querendo assustar ninguém, é dos álbuns mais assombrosos das últimas décadas. Caraterizado por criar uma atmosfera tão vazia quanto claustrofóbica, ao longo das suas dez faixas, mais do que a ouvir o álbum, sentimo-nos verdadeiramente dentro dele.
Paranóicos, desconfortáveis e acordados.
Há letras “non-sense” e há letras sobre a urgência de abrir os olhos para o mundo que nos envolve. Um mundo que, mais do que o álbum em si, é assustador. Tão artificial como orgânico, Kid A pinta o retrato de uma realidade que se assemelha perigosamente à do mundo presente. Na primeira faixa do álbum, “Everything In Its Right Place”, o vocalista dos Radiohead, Thom Yorke, repete o título da canção com a ironia de quem sabe que nada está onde devia estar. Vinte anos depois, resta-nos baixar a cabeça e concordar.
Giles Corey (2011) – Giles Corey
O projeto self-titled de Dan Barret, dos Have a Nice Life, funciona quase como uma versão mais folk, mais obscura e mais abismal de Deathconciousness – como o que ficou por dizer, sob uma perspetiva, ainda assim, ligeiramente mais positiva. Depois de uma tentativa de suicídio, é através desta viagem mais a fundo às suas batalhas com a depressão, a morte e o completo desespero, que Dan procura uma resposta para a questão: “If I did not wish to be alive, did I wish to be dead?” .
Giles Corey é tão pessoal e desalumiado que causa desconforto. De baladas acústicas terrificamente pessimistas, viaja-se para uma completa agonia orquestrada.
As cordas da guitarra tremem, as teclas do piano reverberam no espaço vazio, a voz ecoa
sem rumo, estamos sozinhos parados numa encruzilhada em que todos os caminhos à escolha
parecem assustadores, e não existe mapa nem GPS.
Definitivamente não aconselhável para uma escolha musical em grupo, mas perfeito para quem almeja um Halloween repleto de lágrimas e material para pesadelos do foro pessoal.
Become Ocean (2013) – John Luther Adams
Uma só música; infinitas dimensões; a nossa deambulação. “Become Ocean” é uma obra instrumental de John Luther Adams, cuja duração é de 40 minutos. Estende-se de uma forma singularmente monótona, mas é esta monotonia que dá cor à música. Profundo e envolvente, este oceano de sons enevoa-nos na sua beleza minimalista, por meio de uma ligação entre a música e o som ambiente real de um elemento do nosso planeta. É interessante como um estímulo consegue dissociar sensações simultâneas, no sentido em que dois estados de espírito diferentes se unem num só – é o caso de “Become Ocean”, já que, aquando a sua escuta, a inquietação e a calma se juntam numa dupla conjugal.
John Luther Adams vive num deserto isolado do mundo, apenas em contacto com a natureza. Como tal, talvez seja devido a esta solitude que o seu trabalho artístico adquire uma autenticidade delirante que hipnotiza os seus ouvintes. Aliado a “Become Ocean”, o qual lhe valeu um Grammy (2015) e o Prémio Pulitzer (2014), John Luther Adams compôs mais duas peças de estilo semelhante, nomeadamente “Become Desert” e “Become River”.
Um autêntico som que nos faz almas ambulantes.
Back from the Dead 2 (2014) – Chief Keef
Isaac Newton tinha 23 anos quando descobriu a lei da gravidade e Chief Keef tinha apenas 16 quando lançou Finally Rich, metamorfoseando todo um género e cultura com ele. Três anos depois, em 2014, após ter sido libertado pela Interscope Records e o seu hype inicial ter caído, o adolescente-lenda viria a lançar um dos seus projetos mais ambiciosos até ao momento (e até ao presente) – Back from the Dead 2.
Vendido mesmo como mixtape de “Dia das Bruxas”, Back from the Dead 2 encarna totalmente esse papel. Tópicos como morte, roubo, armas e sangue são triplicados e aliados à agressividade e atitude “na-tua-cara” já conhecidas de Sosa, as quais são apresentadas nua e cruamente, por vezes, e noutras de uma maneira mais engraçadinha, como que a rir na cara do inimigo. Nunca foge à confiança e energia clássicas que só o Almighty consegue personificar e ceder aos fãs enquanto o ouvem. Afinal, foi ao som dos bang bangs da clássica “Faneto” que o chão de uma festa da faculdade colapsou e dezenas ficaram feridos – uma real homenagem ao ícone e ao feriado.
Without Warning (2017) – 21 Savage, Offset, Metro Boomin
Muito como Chief Keef, a discografia de 21 Savage podia ser quase toda etiquetada como spooky ou halloween-y. Já Offset, um membro do tripé – que, à altura deste lançamento, estavam, indiscutivelmente, no seu auge – é caracterizado por uma postura mais lúdica e leve. Daí, nasce uma bonita e terrífica harmonia, embelezada pela produção de Metro Boomin, que estabelece o equilíbrio perfeito entre algo obscuro que basta para um estremeção, mas estimulante o suficiente para uma descarga de adrenalina. Ao longo de dez faixas e 33 minutos, os maus ganham.
Visions of Bodies Being Burned (2020) – clipping.
Depois de There Existed an Addiction to Blood, lançado quase exatamente um ano antes do seu sucessor, Visions of Bodies Being Burned encontra o trio no seu estado mais macabro e obscuro. Desde sempre que o trabalho dos clipping. está alicerçado em homicídio e monstruosidades, bem como na menção metafórica e figurativa de elementos de filmes de terror, mas essa comichão não tinha sido, nem de perto, tão coçada como até agora.
O que já era amedrontador, aqui torna-se aterrorizante. Do que se assemelha a uma fuga de um monstro predador esfomeado, salta-se para a pele de uma vítima de exorcismo, e para uma conversa com o anticristo. Não há um momento de paz no projeto. A primeira parte do que poderia ser considerada uma compilação fora mais abstrata, ambígua. Já aqui, não existe lugar para dúvidas. A par de uma melhoria na escrita – marcada pelo elevado nível de referências, que tornam o álbum extra visual, existe um claro avanço na produção também. Um som vibrante capaz de, num rápido fechar de olhos, colocar o ouvinte na mente demónica de uma qualquer figura muito má, que está agora no inferno a sofrer pelos seus pecados.
Visions of Bodies Being Burned é uma exploração arrepiante do ódio e hostilidade, que veio assegurar o papel dos clipping. como vanguardistas do horrorcore moderno.
DOCUMENTÁRIOS
ATENÇÃO: este terror é real.
Não, não é ficção, nem tão pouco algo paranormal. Estas sugestões são assustadoramente reais. É caso para dizer que “as imagens que se seguem podem ferir a sensibilidade dos espectadores mais sensíveis”, mas deviam assustar-nos a todos – até aqueles que nunca saltam de medo a ver um filme de terror.
Quando falamos de alterações climáticas, o medo e a incerteza são inevitáveis. À medida que os anos passam, o terror vai-se acentuando e o desfecho fica cada vez mais imprevisível. Garantimos que este “monstro” não se esconde debaixo da cama, mas, em vez disso, encontramo-lo em hábitos enraizados na sociedade, ao longo do tempo. No JUP acreditamos que vamos sempre a tempo de mudar e que a informação é a arma para combater o medo. Por isso, reunimos algumas sugestões assustadoramente informativas para te ajudar a tornar o futuro menos aterrador.
Uma Verdade Inconveniente (2006) – Davis Gugenheim
Neste conhecido documentário de Davis Gugenheim, o aquecimento global é o centro das atenções – e com razão. An Inconvenient Truth trouxe o assunto “apavorante” das alterações climáticas aos temas de conversa e estimulou a preocupação na sociedade. Neste documentário de 94 minutos, Al Gore, após perder as eleições norte-americanas de 2000, começou a alertar para as alterações climáticas, fazendo um retrato da situação do planeta. Após a estreia, houve quem admitisse que o filme é “o mais assustador que se pode assistir”. Por isso, é a sugestão ideal para esta noite assustadora. O documentário continua a fazer sucesso e em 2017 foi publicada uma sequela – An Inconveninet Sequel: Truth to Power.
GMO OMG (2013) – Jeremy Seinfert
Os alimentos que ingerimos podem estar “diabolicamente” alterados e causar o pânico no nosso corpo. O tema deste documentário está na ordem do dia desde há alguns anos – a utilização de OGM’s. O documentário de Jeremy Seifert alerta para os malefícios dos alimentos geneticamente modificados, que se refletem no ambiente e na saúde do corpo humano. Desde a mesa de jantar da família de Jeremy, passando por Paris, Haiti e Noruega, até à grande companhia agroquímica Monsanto, o documentário leva-nos numa viagem que nos faz questionar o que andamos a comer. Ao longo de 84 minutos o documentário GMO OMG esclarece como a nossa alimentação é condicionada por grandes corporações internacionais e obriga-nos a refletir sobre aquilo que ingerimos.
Atreves-te a provar este documentário?
Cowspiracy: O Segredo da Sustentabilidade (2014) – Kip Andersen & Keegan Kuhn
Um dos documentários mais fortes e comentados, quando o assunto são alterações climáticas. Cowspiracy é um daqueles filmes que nos deixa a refletir e a repensar os nossos valores e hábitos. Kip Andersen e Keegan Kuhn revelam a verdade sinistra por trás da maior indústria poluidora do planeta – a agropecuária.
Como em qualquer filme de terror que se preze, as imagens são fortes e podem deixar os espectadores desconfortáveis. Desde o impacto da indústria agropecuária no ambiente à investigação de políticas das organizações ambientais sobre o assunto, o documentário é rico em entrevistas, depoimentos e informações que podem deixar qualquer um de boca aberta.
Aquecimento global, desperdício de água, poluição dos oceanos e desflorestação são alguns dos tópicos abordados ao longo de hora e meia de filme. Mas atenção, este documentário pode dar a volta ao estômago e, com certeza, vai dar voltas à cabeça. Os efeitos secundários podem passar por questionar hábitos alimentares, até à alteração total da alimentação. Outras sugestões, dentro deste tema: Forks Over Knives (2011); What The Health (2017); Earthlings (2005);
The True Cost (2015) – Andrew Morgan
Sabemos que no Halloween um bom disfarce é fundamental. Por isso, aqui fica a nossa sugestão para os amantes de moda, com o intuito de motivar escolhas conscientes. The True Cost é o documentário que expõe o lado mais negro da indústria da fast fashion. Andrew Morgan, o realizador do documentário, revela como é produzida a roupa que usamos, quem a produz e em que condições. Ao esclarecer o impacto da indústria da moda no ambiente, o documentário revela a realidade de diferentes países, desfiles de moda, fábricas ilegais e com condições de trabalho precárias e pavorosas.
No final, compreendemos que repetir um disfarce de Halloween não é
verdadeiramente um problema e que usar várias vezes a mesma roupa não é pesadelo nenhum.
Minimalism (2016) – Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus
Viver com menos pode parecer assustador, mas o documentário Minimalism prova o contrário. O filme perfeito para quem procura uma sugestão menos intimidante é o documentário que acompanha a vida minimalista de Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus – fundadores do site The Minimalists. Para os dois “minimalistas” não há nada a temer, na hora do desapego. Durante o documentário sobre “as coisas importantes da vida”, o espectador é convidado a questionar os hábitos de consumo da sociedade e a descobrir o conceito de minimalismo. Será que és corajoso o suficiente para experimentar este estilo de vida? Com o objetivo de estimular consumo consciente e simplificar vidas, Minimalism é o documentário ideal para dar o primeiro passo para uma vida mais sustentável.
Before the Flood (2016) – Fisher Stevens
O documentário da National Geographic, produzido por Leonardo DiCaprio pode deixar o espectador mais corajoso a tremer de medo – não fosse a realidade tão assustadora e imprevisível. Before the Flood fala sobre alterações climáticas e sobre a urgência de agir. Com o objetivo de alertar a sociedade para os perigos do rumo que o planeta está a tomar, o filme acompanha a jornada do ativista Leonardo DiCaprio, que levanta questões sobre as ameaças ao meio ambiente.
Numa viagem pelo mundo, o espectador fica a conhecer as zonas do planeta afetadas pelas alterações climáticas. Apesar de ser uma hora e meia de tensão, arrepios e verdades que não deixam ninguém indiferente, a mensagem é de esperança. O documentário pretende estimular a mudança e a ação, assim como a levar os governos a tomar medidas imediatas contra a “ameaçadora” crise climática.
PODCASTS
Do Zero – Catarina F. P. Barreiros
A Catarina nada tem de temível, mas o podcast da criadora de conteúdo e impulsionadora do “desperdício zero” pode deixar qualquer um desconfortável. Ora, é o desconforto que estimula a mudança de hábitos e a consciência ambiental. Por isso, a última sugestão do JUP para o Halloween é para os que gostam de se sentir desafiados. Ao longo dos episódios do podcast Do Zero, Catarina aborda vários aspetos sobre sustentabilidade e como ter um estilo de vida com menos desperdício. De forma esclarecedora e simples, o podcast da Catarina não quer assustar ninguém, mas sim apresentar soluções que nos podem ajudar a construir um futuro menos “aterrador”.