Cultura

Clubhouse: a nova rede social que está a dar que falar

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Ainda em fase de testes, o Clubhouse tem alcançado grande popularidade nas últimas semanas. Num modelo como ainda não havia em nenhuma outra rede social, o Clubhouse privilegia o som, que é a única forma de comunicar nesta app. A uns faz lembrar a rádio, em que as várias salas de conversa são as estações e o utilizador pode optar por ouvir o que está a ser dito numa dessas salas ou mudar, como quem “saltita” de frequência em frequência até encontrar algo do seu agrado. Para outros, a aplicação é uma espécie de podcast ao vivo, sendo que quem está a ouvir pode ser chamado a participar na conversa.

Como funciona esta app?

No Clubhouse não é possível enviar mensagens de texto, nem partilhar imagens ou vídeos. Na página inicial, aparecem várias salas, cada uma com o seu título, referente ao tema da conversa e o utilizador pode entrar para ouvir. Para falar, tem de ter permissão de um dos moderadores da conversa. O utilizador tem uma opção que lhe permite pedir para falar ou pode receber uma notificação de convite, por parte dos moderadores, para integrar o “palco” e, assim, juntar-se ativamente à discussão. Há ainda a possibilidade de o usuário criar a sua própria sala, à qual toda a gente terá acesso se ele a definir como pública, ou a qual só as pessoas convidadas pelo anfitrião poderão ver, se este a mantiver privada.

Muitos têm caracterizado a nova rede social como elitista, visto que, até ao momento, está apenas disponível para iOS. Assim, o utilizador tem de ser portador de iPhone para poder usufruir da app. Paul Davidson, co-fundador do Clubhouse, garante que já está a ser preparada uma versão para Android e que esta é, agora, a grande prioridade da equipa.

Como a aplicação ainda se encontra em modo beta, isto é, em fase de experimentação, é necessário um convite para entrar na rede social. O convite tem de ser enviado por alguém da lista de contactos da pessoa que deseja entrar e que já esteja no Clubhouse. Cada usuário pode convidar apenas duas pessoas a entrar na app.

Fotografia: Getty Images

Uma app que veio para ficar?

O Clubhouse foi criado por Paul Davison e Rohan Seth, que agora vivem em São Francisco, tendo ambos estudado em Stanford. A app foi lançada em março de 2020 e ficou disponível para descarga na App Store em abril. No entanto, só no início deste ano teve uma adesão notória, que se deve principalmente ao facto de várias celebridades se terem registado na app. Até dezembro do ano passado, a app contava com cerca de 600 mil utilizadores. Hoje, o Clubhouse conta com mais de 10 milhões de downloads, comprovando a “explosão” da aplicação  nos últimos três meses.

A nova aplicação já chamou a atenção de entidades como Mark Zuckerberg, o CEO da rede social Facebook, que já esteve em salas de conversação no Clubhouse. Também personalidades como Elon Musk – CEO da Tesla Motors – e Bill Gates – fundador da Microsoft – têm participado em discussões na nova rede social.

Em Portugal, o Clubhouse já é a app mais popular para iPhone. Vários jornalistas, locutores de rádio, atores, humoristas e outras personalidades, mais ou menos conhecidas, têm criado salas às quais tem aderido um número crescente de participantes.

Artigo da autoria de Soraia Ramalho

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