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FUSING: CAPITÃO FAUSTO ROUBAM A NOITE

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Ao segundo dia, o FUSING teve finalmente direito à prometida Culture Experience dadas as melhores condições do tempo. Já se veêm as toalhas de praia e os chinelos no caminho até à praia da Figueira.

A manhã começou cedo no recinto: às 9:30h já se alinhavam os festivaleiros inscritos nas aulas de surf, bodyboard e kayak rumo à praia do Cabedelo. Graças às tréguas do vento, a partir da abertura das portas a área de desporto não teve pausas: entre aulas de vela, kayak e stand up paddle o FUSING dedicou o início da tarde aos kids. Com o avançar das horas, as atividades foram acompanhadas pelos mais graúdos.

Na cozinha, a tarde também começou com dedicatória aos mais pequenos; o workshop de culinária juntou pais e filhos à volta dos tachos. No Cooking Lounge, o jazz é continuamente a música de fundo, ontem com o duo de improviso Vicente e Marjamäki. O ressurgido Pleno Lounge esteve animado ao som de Livre de Consumo, enquanto os festivaleiros aproveitam o sol e a praia privada do recinto.

No espaço do Pingo Doce, as atividades continuam: da demonstração da cozinheira amadora do blog Ananás e Hortelã, passamos ao verdadeiro duelo de chefs que colocou a chef Justa Nobre e o chef Pedro Peixoto frente a frente.

Quase às 20:00h chega a hora da música ocupar o seu lugar nos palcos do FUSING. Salto sobem ao palco secundário com um concerto que fez levantar os pés dos festivaleiros logo aos primeiros acordes. Mergulhando nos temas do álbum “Deixar Cair”, a banda foi recebida com grande entusiasmo. Na plateia contavam-se também os Capitão Fausto, fãs confessos da banda portuense. O aniversário do teclista e guitarrista Luís Montenegro dá o mote para assentar a festa dentro e fora de palco. Com a participação de Francisco Ferreira, dos Capitão Fausto, nas teclas, os Salto “fazem as malas e vão para o Norte”.

O palco FUSING abre com Norton. A banda de Castelo Branco mostra-se surpresa e não contém o entusiasmo pela boa receção do público do festival ao seu novo álbum homólogo. Dez anos após seu o nascimento, a banda atravessa um bom momento, muito graças ao sucesso do singleTwo Points”. Durante o tema, a pequena mas firme plateia canta em uníssono com o vocalista, que se inclina para cima dos festivaleiros da primeira fila.

Entretanto, o palco secundário enche-se de balões para a atuação de Nice Weather for Ducks. A dispersa plateia, que agora os começa a conhecer, aumenta em número e aquece ao longo da performance da banda. Não falta “Back to the Future”, “Little Jodie” e o primeiro single dos rapazes de Leiria, “2012”.

Durante o concerto, alguns festivaleiros descobrem outro lugar para fugir ao frio da Figueira, ao encontrarem a fogueira que o festival organizara na praia.

De volta ao palco FUSING, damos de caras com o indie rock português dos Peixe : Avião. O público parece parado no início do concerto, mas rapidamente é contagiado pelo ritmo da banda natural de Braga. O mais recente trabalho da banda, com título homólogo, foi o grande destaque da setlist.

Seguindo a onda do rock, o festival da Figueira da Foz recebe A Velha Mecânica. A banda de Coimbra, destacada pela sua originalidade de apresentação e som post rock, convence uma massa significativa de festivaleiros no segundo palco.

Pouco depois das 22:30h, as filas em frente ao palco FUSING ganham uma nova dimensão à medida que se aproxima o concerto do cabeça de cartaz. Cícero trouxe o calor da música de terras de Vera Cruz para a fria noite da Figueira da Foz. Entre temas de “Canções de Apartamento”, o seu primeiro disco, e o mais recente “Sábado”, o público aplaudia com entusiasmo a performance do carioca, apesar da sua calma postura em palco. Os fãs do cantor, sem falhar a letra das canções, foram brindados com os seus maiores êxitos, de “Vagalumes Cegos”, “Tempo de Pipa” a “Açúcar ou Adoçante”.

“Eu conheço esta música”, ouve-se um pouco por todo o público quando soam os primeiros acordes de um novo tema. É “Dumb”, dos Nirvana, que se começa a ouvir na voz de Cícero, mas a versão acústica acaba rapidamente deixando os fãs a pedir mais.

Antes do último concerto no palco principal, o palco Experience recebeu o rock de Miura. O registo pesado da banda, que atuou em casa, pôs o público colado às colunas, como se o vento por lá não passasse.

No principal palco do festival, os fãs de Capitão Fausto esperam junto às grades, cada um procurando um lugar mais próximo dos artistas. A banda não poupou na energia nos solos e nos improvisos, numa intensiva performance de pop rock psicadélico. Os grandes temas não faltaram, desde “Sobremesa”, “Santa Ana” e “Verdade”, do álbum “Gazela”, aos sons no bom caminho para o puro rock psicadélico do novo trabalho, como “Flores do Mal”, “Pesar o Sol” e “Nunca Faço Nem Metade”.

Num negócio de troca por troca, o aniversariante Luís Montenegro juntou-se aos Capitão para interpretar “Supernova”. O público acompanhou o ritmo contagiante do concerto, assistindo em extase o estilo excentrico da banda lisboeta. A plateia atinge o auge quando o teclista Francisco Ferreira se atira para a massa humana presente no FUSING.

A noite terminou com a batida eletrónica de Octa Push e DJ Slimcutz com o “amigo” Ace, fundador dos Mind da Gap.

O FUSING Culture Experience fecha a segunda edição com grandes nomes da música nacional. Fachada e Dead Combo antecedem The Legendary Tigerman, o nome mais esperado da noite. Paus prometem também não deixar arrefecer o rock no palco do festival.

 

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