MUSICVERB, A INDÚSTRIA MUSICAL NUMA PLATAFORMA

Com esta aplicação, tanto agentes como artistas, grupos e organizações culturais podem ter o output necessário para se auto promoverem nos eventos culturais. A Musicverb tem vindo a ter um crescimento exponencial enquanto nova empresa e até foi alvo de opinião por parte do Presidente da República. Citando Cavaco Silva: “ [A Musicverb] representa, enquanto empresa jovem, inovadora, um grande potencial de crescimento.”. Por esta razão, entrevistamos um dos responsáveis deste projeto, Rui Santos Couto, para saber mais promenores sobre esta nova plataforma musical.

Em que consiste o conceito de Musicverb/como funciona?
A Musicverb é uma plataforma de gestão para a indústria da música ao vivo. Isto é, na Musicverb os organizadores de eventos – festivais, concertos, festas – podem gerir o seu trabalho desde o momento da seleção dos artistas, beneficiando de um sistema que o ajuda a encontrar os artistas mais adequados aos seus projetos, até ao orçamento, à logística e documentação.Tudo isto num ambiente de colaboração com os agentes dos artistas, ou com os próprios artistas, que por seu lado também podem gerir a sua atividade, planear tours e encontrar as melhores oportunidades de concerto.

Quando começou este projeto?

Começámos a estudar a possibilidade de o desenvolver no final de 2012, mas nessa altura estávamos bastante envolvidos na gestão de eventos e agenciamento de artistas. Nós mesmo, nesse período, estávamos a sentir alguns dos problemas que a Musicverb procura resolver. Ao longo de todo esse trabalho, fomos avaliando o que poderia ser solução, que mercado existiria e como o alcançar. No segundo trimestre de 2013 começámos a elaborar protótipos de algumas funcionalidades e a perceber, do ponto de vista de engenharia, qual seria o desafio. No último trimestre, já com uma equipa formada, avançámos para o desenvolvimento.

De que maneira se pode aceder a este sistema?
É possível aceder através da internet. Toda a aplicação funciona através de um browser normal, quer no computador, quem em tablets ou smartphones.

O acesso é livre ou condicionado a determinadas empresas, organizadoras de eventos?
Qualquer pessoa pode aceder e ver conteúdos, uma vez que a Musicverb também acaba por ter essa vertente mais exploratória. O máximo rendimento é retirado pelos gestores de eventos, programadores, agentes ou artistas.

Qual o balanço do feedback que têm recebido? Ja registaram vantagens para promotores e/ou bandas?
O retorno dos utilizadores tem sido excelente. Sobretudo os primeiros, que se envolvem bastante no desenvolvimento. A maior garantia que temos de que traz vantagens tem a ver com o facto dos utilizadores voltarem várias vezes.

Qual é a opinião do Presidente da República relativamente ao modo como este sistema pode contribuir para a cultura e para arte em Portugal?

Os comentários que tivemos do Presidente da República foram de entusiasmo por estar a ser feito um projecto deste tipo em Portugal e também por perceber que o desafio está em boas mãos. Foi ele quem nos pediu os cartões de visita porque, segundo ele, tinha mesmo de falar da musicverb “lá em casa”. É sabido que o Presidente da República tem um familiar que promove alguns dos maiores festivais de música em Portugal. Também por isso, o presidente demonstrou um interesse especial quando visitou a Musicverb em junho.