Cultura
INDIE MUSIC FEST: IMPREVISTOS PROLONGAM O SOM ATÉ DE MANHÃ
Não houve um segundo de silêncio no bosque durante a madrugada e a manhã. A hora a que uns recolhiam coincidia com altura a que outros saíam das suas tendas e davam início a este segundo dia. Enquanto a maioria se dirigia para os autocarros que se deslocavam para a piscina, outros viam no seu pulso uma bracelete que lhes garantia o acesso a um concerto surpresa, fora do recinto, pelas 16h.
Meia hora depois da hora marcada, eram cerca de trinta os “felizardos” que chegaram ao local da “Secret Session” – o Miradouro do Cruzeiro, a uns dez minutos do recinto. A vista com que os festivaleiros foram brindados era, sem dúvida, magnífica, pelo que todos se foram sentando defronte. Com algum do material da banda já presente, o grupo de escolhidos, passado algum tempo de espera, decidiu começar a tocar para animar o ambiente. Quando, passadas duas horas, chegam os elementos da banda Youthless, prontos para o seu concerto intimista, há um detalhe que escapa: a ligação elétrica não é forte o suficiente para suportar o equipamento. Após algumas tentativas de contornar o problema, a banda admitiu não conseguir levar avante o concerto por que tanto se esperou. Desanimados, mas satisfeitos com o seu improviso, os festivaleiros regressam ao recinto para mais uma série de concertos. Foi o dia de inaugurar os restantes palcos.
Na piscina, a música começou às 14h01 e contou com a presença das DJs femininas Bricolage 108 e Céline. Do Palco Cisma, onde na quinta-feira atuaram os artistas da receção ao campista, deu-se uma aula de yoga aos festivaleiros, patrocinada pelo Método DeRose. De seguida, foi a vez dos Los Penetras e Cachupa Psicadélica de instaurar o clima musical da tarde, que veio introduzir a grande noite que estaria pela frente.
Pouco depois das 21h o palco principal foi inaugurado. Os Lemon Lovers, com cerca de uma hora de atraso, deram início aos concertos, que se iam intercalando entre o Palco Fibromade e o Palco Antena 3.
Little Friend trouxe melodias mais suaves que fizeram os festivaleiros acalmar. A banda fez jus à expectativa, apresentando o seu primeiro álbum, e brindando Baltar como a estreia de um novo tema.
Por volta das 23h30 foi a vez de ELIAS pisar o palco. O público aglomerou-se para ver um dos maiores músicos de Baltar, o que atraiu mais a população local para o concerto.
O pó, que cobria toda a zona dos concertos, não abrandou a festa que já se sentia, e que continuava a aumentar durante o concerto de Youthless.
Chegou finalmente a altura mais esperada da noite. Com uma multidão já bem formada em frente ao palco, esperava-se por uma das maiores bandas do rock português na atualidade. Mas só por volta das 2:45, os Capitão Fausto pisaram o palco. A energia contagiante da banda lisboeta pôs toda a gente a dançar – incluindo alguns moches – com as letras de “Maneiras Más” ou ”Célebre Batalha de Formariz”, que o público tinha na ponta da língua.