Cultura
INDIE MUSIC FEST: AGUACEIROS OBRIGAM A UM ENCERRAMENTO ALTERNATIVO
Os pingos de chuva a bater na tenda foram o despertador dos campistas no último dia do Indie Music Fest. Face ao agravamento do estado do tempo, a organização viu-se forçada a reformular o programa e, inclusive, a cancelar algumas das atividades previstas.
Os três palcos montados ao ar livre tiveram de ser fechados, o que obrigou a uma divisão dos concertos entre o palco principal (Fibromade) e a garagem antes reservada para os espetáculos de música eletrónica. O transporte para a piscina também não foi assegurado, dado o panorama climatérico, pelo que as DJs que iriam lá atuar não puderam passar as suas remisturas.
O cancelamento da atividade balnear foi logo colmatado pela organização através da dinamização de uma corrida de rally, a realizar-se à tarde. Apesar da adesão não ter sido significativa, o festival assegurou o transporte de ida e volta do recinto ao Kartódromo de Baltar, local do evento.
O palco Cisma, na relva, também não pôde levar a cabo as atividades planeadas, o que fez com que os únicos dois pontos de som da noite fossem o mainstage e a tenda eletrónica. Os atrasos nos concertos foram, com efeito, inevitáveis.
A partir das 20h50 iniciam-se os primeiros acordes do último dia do festival. Bed Legs trouxeram uma energia reanimadora que começou a avivar as primeiras horas da noite. O publico concentrou-se no palco principal, numa atuação de rock que também roçou o soul.
De seguida foi a vez dos JUBA. Os três membros da banda apresentaram o seu álbum de estreia – Mynah – conseguindo grande resposta por parte do público num dos seus primeiros singles “Maria”.
A partir das 23h30 dou-se uma enchente no palco principal. Com Álvaro Costa a apresentar uma das bandas mais aguardadas do festival, os Sensible Soccers pisaram o palco. Um público visivelmente expectante fazia jus à reputação que a banda portuguesa tem vindo a ganhar, através da mistura entre a música electrónica sempre aliada a guitarradas. A banda foi recebida da melhor maneira pelo público, transformando o Bosque do Choupal numa enorme pista de dança. “AFG”, “Sofrendo por Você” ou “Fernanda” não puderam faltar, assim como o encore, que fez a felicidade de muitos dos fãs da banda na audiência.
Los Waves trouxeram o seu rock progressivo, mas já se sentia o cansaço do público. Com uma setlist que trouxe todos os seus êxitos, a banda não desiludiu dando um concerto marcante, que também mostrou o lado mais psicadélico do grupo.
A banda responsável pelo encerramento do palco principal foi peixe:avião. Os três bracarenses, ameaçados pela chuva, deram um espetáculo à altura, que contou com a última dose de energia dos festivaleiros.
A festa continuou no palco de música eletrónica e foram poucos os que recolheram às suas tendas ainda de noite. A madrugada é de arrumações e despedidas que contam com a benção de mais um aguaceiro.