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Cultura

Todas as Eras de Taylor Swift no grande ecrã

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Fonte: www.taylorswift.com

Juntar dez álbuns num único concerto parece, à primeira vista, uma premissa sonhadora. No entanto, ao longo dos seus mais de quinze anos de carreira, Taylor Swift já provou várias vezes que não há impossíveis. A artista é a única mulher detentora de três Grammys para melhor álbum do ano, os três de géneros musicais distintos (country, pop e indie folk). É a única artista viva, masculino e feminino, com dez álbuns (todos os da sua carreira) na Billboard 200 dos EUA, em simultâneo. Estes e muitos mais dados e prémios, para além dos milhões de fãs por todo o mundo, provam que a artista está em constante evolução.

A Eras Tour é um dos picos da carreira de Taylor. A primeira parte da digressão iniciou-se nos Estados Unidos da América, entre março e agosto, e teve uma audiência média de 72 mil espectadores por concerto. A tourné encontra-se agora na América do Sul e no próximo ano passará pela Europa, Ásia, Oceânia e, de novo, pela América do Norte. Cada concerto dura mais de três horas e é uma viagem pelos dez álbuns da cantora, deixando os fãs em êxtase com uma experiência completa do seu ídolo. A procura por bilhetes atingiu recordes, sendo que a Eras Tour está estimada para gerar 2,2 biliões de dólares apenas na primeira parte dos EUA. Isto fará com que se torne na tourné com maior bilheteira de todos os tempos, ultrapassando a “Farewell Yellow Brick Road” de Elton John.

Taylor Swift num concerto da “Eras Tour”. Fonte: Getty / John Shearer

O sucesso inegável de Eras Tour transportou-se para o grande ecrã, para delírio dos fãs que não conseguiram bilhete para os concertos. O filme, com o mesmo nome da tourné, estreou mundialmente no passado dia 13 de outubro, o que poderá não ser uma coincidência. Os fãs da cantora sabem o quão importante o número treze é para Taylor, assim como o seu mês favorito de lançamento é outubro. Talvez numa brilhante jogada de marketing, ou não, o bilhete para o filme-concerto em Portugal custe 13,13€.

Dirigido por Sam Wrench e distribuído pela AMC Theatres, o filme tem a duração de aproximadamente 2 duas e 40 minutos, onde os fãs são levados numa verdadeira experiência cinematográfica de música ao vivo. Cada concerto desta digressão, assim como o filme, são uma viagem pelos clássicos e pelos maiores sucessos de Taylor. O filme começa com o álbum Lover, lançado em 2019, mais concretamente com a canção “Miss Americana & the Heartbreak Prince”. Segue-se uma música com uma das bridges mais famosas da cantora “Cruel Summer”. Até então sozinha no palco, para as faixas “The Man”  e “You Need to Calm Down” a cantora traz os seus bailarinos e bailarinas para enfatizar as duas fortes mensagens de ambas as músicas (feminismo e luta contra a homofobia, respetivamente). Esta primeira era termina com a canção que dá nome ao disco, com Taylor Swift a tocar guitarra e a encantar uma multidão de quase 100 mil pessoas.

Taylor Swift a interpretar a canção “The Man”. Fonte: Getty / Kevin Mazur

De um álbum muito apaixonado e muito pop passamos para um álbum country e que lhe valeu o seu primeiro Grammy: Fearless, de 2008. Taylor canta os três maiores sucessos desta época, “Fearless”, “You Belong With Me” e “Love Story”. Envolvidos numa maré de nostalgia, os fãs rapidamente são transportados para a melancolia de Evermore, disco lançado em plena pandemia. Para acrescentar à carga emotiva deste álbum, Swift faz verdadeiras performances teatrais, como é o caso da música “Tolerate It”, onde simula um jantar com o seu companheiro.

Numa verdadeira montanha russa de emoções, os fãs são agora transportados para as batidas eletrizantes de Reputation. Este álbum, estreado em 2017, foi um marco na carreira da cantora norte-americana e marcou o regresso ao mundo da música, após um ano parada. Com muitas cobras e pretos brilhantes, sucessos como “Look What You Made Me Do” e “Delicate” levaram os fãs à loucura. O que se seguiu foi uma desilusão para os amantes de Speak Now, de 2010, pois só foi exibida apenas uma música, “Enchanted”.

A maré de emoções foi uma constante neste filme-concerto, geralmente sempre com uma era mais pop e divertida seguida de outra muito mais emotiva. Não foram exceção os dois álbuns que se seguiram: Red, de 2012, e Folklore, de 2020. Na primeira, não foram deixados de parte sucessos como “22” e “We Are Never Getting Back Together” e a versão recentemente regravada de “All Too Well” com dez minutos de duração. Para Folklore, detentor de um Grammy, no palco vislumbrava-se um cenário de uma casa na floresta, para envolver os fãs na mística do álbum, que conta com temas como “The 1” e “My Tears Ricochet”.

O cenário de “Folklore”. Fonte: Getty / Kevin Winter

Guardando, talvez propositadamente, um dos melhores e mais aguardados para o fim, o penúltimo disco a ser apresentado no filme foi 1989, de 2014. Vencedor de Grammy de Melhor Álbum do Ano, esta foi a primeira vez de Taylor no género pop. Os fãs puderam cantar e dançar ao som de “Style”, “Blank Space”, “Shake It Off”, “Wildest Dreams” e “Bad Blood”. Ainda antes de apresentar a última era, foi tempo das tão esperadas músicas surpresa: duas músicas, sempre diferentes para cada cidade, que não fazem parte do setlist fixo dos concertos. Os fãs de Los Angeles puderam ouvir “Our Song” e “You’re on Your Own, Kid”.

Com o aproximar das duas horas e meia de filme, mais de três de concerto, chegou a hora de Midnights brilhar. O décimo álbum de Swift tem apenas um ano, mas conta com já inúmeros hits e foi a era que mais músicas teve neste filme, com um total de sete. Num bodysuit azul brilhante, a cantora apresentou temas como “Midnight Rain”, “Vigilante Shit”, “Bejeweled” e “Karma”.

À semelhança da digressão, o filme-concerto de Taylor já está a somar números exorbitantes. No seu fim de semana de estreia, Eras Tour arrecadou cerca de 96 milhões de dólares, quebrando recordes no género para o grande ecrã. Mundialmente, estima-se que o valor ronde os 128 milhões de dólares. Estes números fizeram com que o filme tivesse a sexta maior estreia de 2023 até à data, ficando à frente de filmes como “A Pequena Sereia”.

Os muitos vídeos partilhados em redes sociais como o Tik Tok mostram fãs de todo o mundo a dançarem e cantarem nas salas de cinema. Um ambiente de união e segurança que há muito já é associado às multidões de fãs da cantora americana. O filme veio reafirmar a grandeza da tourné que assinala os dez álbuns de Taylor e que passará por Portugal nos dias 24 e 25 de maio de 2024.

https://www.youtube.com/watch?v=KudedLV0tP0

Artigo escrito por Amália Cunha

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