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Cultura

FRANKIE CHAVEZ DÁ MÚSICA À CASA

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Na passada quinta-feira, pelas 22h, Chavez subia ao palco da Sala 2 da Casa da Música, preenchida por cadeiras com as quais viria a travar uma batalha. Porém, antes disso, confessou-se à Invicta: “Finalmente no Porto!”. De início sozinho em palco, mas de seguida logo acompanhado por baterista, teclista e baixista, Frankie Chavez respirou uma honestidade acutilante, sem se deixar afastar do público que o olhava.

Ao longo dos 90 minutos de espetáculo, o músico apresentou a maioria das suas novas canções, algumas do primeiro álbum e, ainda,  algumas covers. Na época do seu EP de estreia, era comum ver-se Chavez a rockar “Come Together” dos Beatles. Neste concerto, trouxe “I Believe I’ll Dust My Broom” de Robert Johnson, tema presente no primeiro disco de longa duração do artista.

Heart & Spine”, álbum editado este ano, marcou uma mudança na sonoridade do artista, com uma atitude mais eletrizante e menos acústica. Essa nova vaga de energia chegou até para os temas do primeiro álbum – o artista apresentou “Time Machine” e “I Don’t Belong”.

O guitarrista, que foi conversando com o público, mostrou-se envolvente o suficiente para fazer a plateia rir, mas silencioso o suficiente para dar espaço à música para ecoar livremente.

Entre “Sail Upon Your Shore” e “Sweet Life”, músicas calmas, e “Heart & Spine”, “Psychotic Lover”, “Fight” e “Voodoo Mama”, autênticos berros alucinantes do rock, Frankie Chavez apresentou uma mescla heterogénea, que acabou por explicar ao público: “Este álbum foi escrito numa fase turbulenta da minha vida. Há músicas muito doces, alegres, como há outras… “I’m Leaving”, por exemplo, fala de uma fase em que vi muitos amigos partirem para fora de Portugal. Todos vocês conhecem alguém que conhece alguém que conhece alguém que foi para fora.”

Após fazer vários pedidos, Chavez conseguiu arrancar por fim as pessoas das cadeiras quando o final do concerto se aproximava – o single “Fight” levantou o público que não se tornou a sentar senão para a música final: “Morning Train”. Chavez explicou por que acabava com aquela música: “Esta música é sobre esperança e coisas boas. É assim que eu quero acabar este concerto”.

Num espetáculo tão enérgico quanto seria de esperar e, apesar da plateia apenas se levantar após insistência, Frankie Chavez deixou o público maravilhado e mostrou que é um verdadeiro monstro dos palcos. Nesta Casa da Música, local de atuações que para o artista é “uma casa de prestígio”, Chavez primou pela sinceridade e proximidade com que abordou o espetáculo. O músico continua agora a tour pelo país, deixando para trás um público portuense feliz.

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