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Cultura

Banda Portuguesa “Roadkill” atua no Porto

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Fotografia: Astride Versos

Dia 11 de julho às 22h, nos Maus Hábitos, a banda Roadkill dará o seu segundo concerto no Porto. Com renovado entusiasmo e algumas surpresas, a banda pretende dar mais um espetáculo íntimo.

Os Roadkill, com quem o JUP teve a oportunidade de falar, são uma banda com origem em Lisboa composta pelos jovens Lucas Souza e Nia Fernandes que compõem, escrevem, gravam e produzem todas as suas músicas.

“O Lucas costuma descrever o nosso som como estar num limbo entre o olho do furacão e a tempestade – às vezes calmo, às vezes inquieto”

Começaram a trabalhar em 2023, e lançaram recentemente o álbum What to Do When the Earth Swallows You Whole”. Este álbum conceptual é uma junção muito pessoal e confessional de vários estilos e influências, que, segundo os próprios, são: boygenius, Bright Eyes, American Football, Teen Suicide e Ethel Cain.

Reunidos através de amigos, inspirações estéticas mútuas e, acima de tudo, pela sua paixão de criar, os Roadkill produziram um primeiro álbum que abarca uma grande complexidade mas que, em simultâneo, soa imensamente cru e real.

“O nosso objetivo com este álbum era que fosse um projeto conceptual sem perder o carácter orgânico e pessoal que nós mesmos gostamos de encontrar na música que ouvimos; portanto, todas as músicas presentes no álbum são, para além de parte de uma história que nós criámos com personagens que nós criamos, histórias de coisas que nós experienciamos mesmo nas nossas vidas pessoais, odes a relações interpessoais, a família e ao sentimento de pertencer em algum lugar.”

Ouvir este álbum é uma experiência muito tocante e emocional, talvez pela forma como a banda capta e transcreve emoções para as suas canções. Este talento para o lirismo, sobretudo estando presente num primeiro projeto de uma banda tão nova, é algo memorável. Quando questionados em relação à crueza do seu lirismo e processo de criação, os artistas admitiram:

“Quando escrevemos música, fazemos sempre questão de que seja pessoal, então, normalmente, um de nós escreve um verso sobre alguma coisa e mostra ao outro, que depois escreve um verso que complete bem a história e que faça sentido com a música. As partes que cantamos são, normalmente, as partes que escrevemos sozinhos, porque achamos que as palavras que estão a ser cantadas soam mais reais e cruas se forem cantadas por quem as experienciou e escreveu”

Foto retirada da press release da banda

A banda atuou recentemente na Casa das Artes, experiência relatada como tendo uma receção calorosa, tanto por parte do pessoal como do público e sendo um privilégio:

“O concerto na Casa das Artes foi o nosso primeiro concerto no Porto, e foi o nosso primeiro com banda completa. (…) Todo o caminho feito até lá foi super divertido – os ensaios com o Diogo e o David (o nosso baterista e o nosso teclista, respetivamente) deram, imediatamente, vida ao nosso álbum.”

Fotografia: Astride Versos

Com a sua próxima atuação já confirmada para dia 11 de julho às 22h nos Maus Hábitos, a banda está “a contar os dias, e mesmo entusiasmados para tocar lá e mostrar algumas surpresas”

Quem segue esta banda, ou esteve presente em algum dos seus concertos, não duvidará do seu potencial para criar um ambiente íntimo e caloroso, ainda que ao mesmo tempo profissional.

 

Para se manterem a par da banda: @roadkillisonline no Instagram.

Artigo escrito por Guilherme Vieira da Silva