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Cultura

FANTASPORTO (DIA 9)

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Com os vencedores já anunciados, o festival da Invicta tinha oficialmente acabado. Mesmo assim, ainda houve oportunidade de rever os filmes mais aclamados tanto pela crítica como pelo público, no dia que fechou o Fantasporto deste ano.

No grande auditório, a tarde começou com “Witching and Bitching”, do espanhol Alex de la Iglesia. A comédia ganhou o Prémio do Público e o Prémio de Efeitos Especiais Cinema Fantástico, sendo o seu merecimento comprovado pela boa disposição que quem estava presente demonstrava.

Ao mesmo tempo passava “Love Me” no pequeno auditório, o drama romântico que retrata o choque cultural entre dois apaixonados, uma ucraniana e um turco. O filme foi presenteado com três prémios – Prémio da Crítica, Prémio Especial do Júri da Semana dos Realizadores e Prémio Melhor Argumento.

O japonês Shion Sono recebeu o Prémio Melhor Filme Orient Express pela sua produção “Why don’t you play in hell?”, que alia o humor às artes marciais quando um grupo de cineastas amadores se depara com um clã yakuza que pretende superar os seus inimigos da maneira mais original possível. No entanto, é uma ode à realização dos sonhos, acompanhando a persistência de um jovem sonhador que apesar de 10 anos de insucesso nunca desiste do seu principal objetivo: conseguir fazer um grande filme, mesmo que seja só um.

Os prémios de Melhor Realização Cinema Fantástico e Melhor Ator foram para a produção israelita “Big Bad Wolves”, um thriller que relata os esforços feitos por um detetive e pelo pai de uma vítima de um cruel e doentio homicídio para fazer o principal suspeito confessar. É um filme que consegue envolver o espectador na intriga, provocando aquela ânsia de quem não pode esperar para saber o que vai acontecer a seguir.

Por fim, o Grande Prémio Fantasporto e o Prémio Especial Júri Orient Express foram arrecadados pelo japonês “Miss Zombie”, um filme a preto e branco que não é a típica história de zombies que se tem visto ultimamente. Começa com uma família que adquire uma rapariga zombie para lidar com as tarefas domésticas, mas ao longo dos dias é como se os papéis se invertessem – os humanos transformam-se em zombies e a morta-viva vai-se tornando cada vez mais humana, demonstrando sentimentos e emoções. O enredo avança num ritmo lento, em que a imagem é preponderante na percepção da história, visto que falas há muito poucas. É, de facto, uma produção pensada e muito bem conseguida, constituindo um excelente final para esta edição do festival.