Cultura

O TEATRO DO BOLHÃO NA VIDA DO PORTO

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O Palácio do Bolhão, situado no centro histórico da cidade do Porto, de meados do século XIX, tem vindo a ser reabilitado e restaurado desde 1999. No passado dia 27, sexta-feira,  tornou-se no mais recente espaço da Academia Contemporânea do Espetáculo (ACE).

O Conde do Bolhão, um dos comerciantes mais ricos do país, foi o responsável pela edificação do Palácio, que conta com uma faustosa decoração de estuques, pintura e talha, dos artistas João Ribeiro e Resende.

A inauguração contou com a presença de importantes entidades, como o Senhor Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira e o Secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier. Outrora o Palácio que serviu de residência oficial do Conde do Bolhão, é agora um espaço aberto a toda a população, permitindo que o teatro chegue à a comunidade e entre na vida das pessoas. António Capelo, Diretor do Teatro do Bolhão/ da Escola de Artes, agradeceu a todos os envolvidos na recuperação do edifício, que foi possivel através de investimentos comunitários, contributos da Câmara do Porto, Ministério da Educação e de mecenas anónimos e empresariais, encontrando-se alguns destes, nas escadarias do Palácio.

A arquitectura monumental do Palácio, localizado na Rua Formosa, construída em pleno romantismo, apresenta-se agora com o seu Salão Nobre, capaz de sentar 50 pessoas para espetáculos, conferências e palestras, assim como a sala D.Maria II, que foi mantida como uma sala de visitas. A Capela, no último piso do edifício, é onde será instalada a biblioteca da ACE. O Palácio conta agora com espaços para ensaios e aulas, assim como um auditório onde decorreram nos próximos meses espetáculos da programação do Teatro.

A Academia Contemporânea do Espetáculo, além da sua Escola onde 11 profissionais trabalham com os seus alunos, dinamiza desde 2010 o Serviço Educativo, aprofundando expressões e atividades de relação Teatro/Cidade, contando com visitas guiadas, cursos de formação teatral e aulas livres de dança contemporânea.

Ainda existem salas que carecem de restauro, pelo que ainda é um projeto que não está terminado, contando com o contínuo apoio da comunidade e das entidades interessadas em dar vida ao teatro e à arte, “acreditando num futuro com que sonhamos e que aos poucos vai sendo concretizado”, conta António Capelo.

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