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Cultura

SLOWDIVE E TV ON THE RADIO INAUGURAM O PAREDES

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A música no Vodafone Paredes de Coura já tinha começado há muito com as cantorias no rio, as romarias no acampamento e os concertos na vila. No entanto, foi só ontem que um dos palcos oficiais se encheu de artistas e o recinto de uma vasta audiência expectante.

Perto das 18h00, já se percorria o caminho entre as margens do rio Coura e o palco no qual, daí a uma hora, atuaria Gala Drop. As primeiras filas eram quase inexistentes, mas ao longo do relvado já era muitos os que estavam sentados e que, com cerveja e lanche na mão, conviviam debaixo de um sol abrasador.

Às 19h00 o concerto e iniciou-se e fez-se banda sonora da chegada ao festival de uma enchente de gente. A “You and I” foi a primeira, mas ainda foram necessárias algumas para que pudessem ser vistas pessoas a dançar ao som da banda de eletrónica experimental. No entanto, o minimalismo energético acabou por conquistar e Gala Drop já se despediu com quentes aplausos.

Poucos minutos depois, já Ceremony enfrentava o palco. Com o último projeto do grupo – The L-Shaped Man – projetado no fundo, a onda post-punk invadiu a plateia sem aviso. Apesar de ter anunciado que este seria o último concerto da sua tour, a energia do vocalista parecia infindável e à medida que o sol ia fugindo, as cabeças iam começando a saltar, cada vez mais freneticamente, até tudo culminar no primeiro moche desta edição (e com direito a crowdsurfing!). Fecharam com a sossegada “The Understanding”, enquanto o pó levantado retornava ao chão.

O céu já tinha escurecido totalmente quando Blood Red Shoes surgiram em palco, pelas 21h30. O duo britânico de rock alternativo abriu com “I Wish I Was Someone Better” e relembrou a sua estadia no festival há 4 anos. Com uma postura em palco que chega mesmo a lembrar The Kills, atingiram o público com uma eletricidade contagiante, que levantou nuvens de pó. Com a atenção mais focada no álbum homónimo de 2014, a banda deu o warm-up perfeito para o que se seguiria.

Com pontualidade britânica, Slowdive surgiram em palco às 22h30, com direito a fortes aplausos – pela frequência de t-shirts e merchandise da banda no recinto, o manifesto de carinho já era expectável. Em “Catch the Breeze” já tinham o público na mão, mas foi em “When the Sun Hits” e “Allison” que Paredes cantou a alto e bom som com a banda. O shoegaze hipnotizante embalou a plateia durante uma hora e meia, que ficou com água na boca quando ouviu o anúncio da despedida antes de “Golden Hair”. Mas segundo Rachel Goswell, que sorriu durante toda a atuação, o tempo de separação será curto: “Para o próximo ano voltamos”, disse, notícia esta que agitou o mar de gente presente.

Após Slowdive, uma nova enchente de pessoas chegou ao recinto – era a vez do indie rock de TV on the Radio. Com palco cheio, bastou apenas uma música de introdução para que, em “Happy Idiot”, toda a massa de gente entre o palco e a cabine de som iniciasse um moche gigante. Eram inúmeros os que sobrevoavam a plateia enquanto a interação entre todos os elementos da banda emanava boa energia. “Lazerray” e “Wolf Like Me” foram cantadas de pulmões cheios por uma recheada audiência, que não deixou que a banda fosse embora sem encore. “Dancing Choose” fechou a festa.

Houve ainda After Hours com DJ Fra, para os mais resistentes.

Hoje há mais concertos e o nível de dificuldade aumenta para os mais curiosos: escolhas entre palcos terão de ser feitas. Tame Impala é o nome mais esperado, mas as expectativas não são mais baixas para nomes como Father John Misty, Pond e Iceage.

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