Cultura

2º DIA PORTUGAL FASHION NO PORTO

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Susana Bettencourt foi quem estreou o palco no 3º dia do Portugal Fashion, 2º no Porto. A primeira estilista portuguesa a vestir Lady Gaga optou por, nesta coleção, utilizar os tons azuis e cinzentos em silhuetas estampadas por formas angulares.

Seguiu-se Estelita Mendonça com a coleção “Nagarjuna”, designação de um filósofo budista. O estilista, vencedor do prémio de Melhor Novo Talento pelo Fashion Awards, “parte da ideia de vazio como espaço, imagem, conceito e sensação, para a criação de volumes exacerbados, silhuetas retas e texturas inesperadas”, lê-se no comunicado de imprensa.

“Peanuts played by Katty Xiomara” foi o nome escolhido pela estilista para apresentar uma coleção suscitada pelas personagens dos desenhos animados “Peanuts”. Snoopy, Charlie Brown e todo o seu grupo de amigos serviram de mote para a criação de coordenados com um “look vintage, subtilmente entrelaçado com os clássicos desportivos de sempre”. Katty Xiomara abriu o desfile com alguns mini modelos, de forma a fazer uma representação mais fiel da série infantil.

Ainda pela metade nesta maratona de desfiles, é a vez de Diogo Miranda. O estilista não precisou de ir muito longe e inspirou-se em si próprio. Como se lê na nota de imprensa: “Nesta coleção está patente a minha identidade, composta pela minha herança e a minha aprendizagem, enquanto processo aberto e contínuo”. O criador fez o paralelismo entre a mulher dos anos 50 e a mulher atual, comparando uma “silhueta delicada e feminina” com a polivalência de hoje em dia.

No Espaço Bloom, destinado a Jovens Designers de Moda, Mafalda Fonseca apresentou a coleção “W”, de Waste. As suas peças são inspiradas em “detritos de resíduos industriais, numa linha muito urbano, quase fabril” confidenciou a estilista ao JUP. Isso reflete-se em peças “camufladas, com cortes a laser e até fita refletora, numa alusão aos trabalhadores das indústrias”, adianta.

O penúltimo desfile apresentou a coleção “Alma Mater” de Teresa Martins. A estilista não precisou de ir buscar inspiração além-fronteiras. Na verdade, a lusitanidade e o folclore português patenteiam-se na coleção, esta que pode até “ser  vestida por mulheres no mundo inteiro e todos os dias”.

A famigerada Fátima Lopes encerra a passerelle com a coleção “Ad Naturam”, inspirada, claro está, no infindável universo da Natureza. Seguindo este fio, era patente o especial enfoque nas peças arredondadas, remetendo para “o musgo das árvores, a casca ou até mesmo a armadura dos insetos, o seu casulo”.

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