Crítica

CRÍTICA: ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

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Uma realidade alternativa à nossa: sem amor, sem tristeza, sem confusões, sem família; uma sociedade utópica e perfeitamente funcional, é o quadro que nos apresenta Aldous Huxley na sua obra “Admirável Mundo Novo”, um dos romances mais aclamados do século XX.

Um “Romeu e Julieta” dos tempos modernos em que a ciência se ocupou da humanidade. Onde o conceito de família não só é inexistente como constrangedor e, então, os Capuleto e os Montecchios  não são mais que uma confrontação entre o passado e o presente.

Neste panorama, bebés proveta, separação genética de castas, poligamia e droga socialmente aceite são o mote para a paz absoluta. No entanto, o preço a pagar por tal ordem social é alto. Deixa-se de parte o que nos faz tão humanos e até parcialmente decrépitos: os sentimentos profundos, a melancolia como parte íntegra de quem somos, a poesia.

Deste pequeno livro, há muita reflexão a fazer. Inevitável não navegar através da narrativa ao mesmo tempo que questionamos até onde nos levará a instabilidade do nosso próprio ser.

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