Crítica
CRÍTICA: ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
Um “Romeu e Julieta” dos tempos modernos em que a ciência se ocupou da humanidade. Onde o conceito de família não só é inexistente como constrangedor e, então, os Capuleto e os Montecchios não são mais que uma confrontação entre o passado e o presente.
Neste panorama, bebés proveta, separação genética de castas, poligamia e droga socialmente aceite são o mote para a paz absoluta. No entanto, o preço a pagar por tal ordem social é alto. Deixa-se de parte o que nos faz tão humanos e até parcialmente decrépitos: os sentimentos profundos, a melancolia como parte íntegra de quem somos, a poesia.
Deste pequeno livro, há muita reflexão a fazer. Inevitável não navegar através da narrativa ao mesmo tempo que questionamos até onde nos levará a instabilidade do nosso próprio ser.
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