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JAZZ INVADE RIVOLI

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No dia 7 a música começa cedo, com Rui Teixeira & Orquestra Fina. Rui Teixeira compõe, toca saxofone, guitarra e dá voz a este projeto, onde conta com mais alguns músicos, num projeto que apelida de Orquestra Fina. Como diz o próprio Rui: “Somos uma orquestra fina, cheia de gente fina a fazer música o mais “finíssima” possível! Bem hajam as artes a poesia e o amor!”.

A tarde continua, com um dos grupos mais promissores do jazz português. Vencedores do Prémio Jovens Músicos 2013, o quinteto de músicos dedica-se à difícil arte de fazer boa música, com originalidade e garra. Eduardo Cardinho Quinteto tocaram pelas 19h.

A noite chegou rápido e pelas 21h30 foi a vez dos Espécie de Trio. Hugo Raro, Filipe Teixeira e António Torres Pinto iniciaram o seu percurso há mais de uma década, a tocar versões. Pink Floyd, David Bowie ou Zeca Afonso fazem parte do que podemos ouvir. Mas também houve espaço para temas originais. A sobrevivência, a solidão e o amor são temas recorrentes.

Ficou assim provada a universalidade do Jazz, com a corroboração das pernas, e dos pés, do público que, sem conseguir parar, tentavam acompanhar os instrumentos que desbravavam como se não houvesse amanhã.

O quarteto do baterista Marcos Cavaleiro foi o que se seguiu. Com André Fernandes na guitarra, José Pedro Coelho no saxofone e Anders Christensen no baixo, temos reunidos alguns dos mais influentes músicos do jazz no panorama atual. O grupo tocou essencialmente temas originais, numa criatividade que procura o encontro do coletivo, à frente do individual de cada músico.

No dia 8 a afluência de público pareceu acompanhar a tendência do calendário e o feriado levou mais pessoas ao Rivoli.

Pelas 18h, os KITE, com Kiko Pereira na voz, Telmo Marques no piano, José Carlos Barbosa no contrabaixo e João Cunha na bateria, encheram o Auditório Manoel de Oliveira. Podemos ouvir um casamento entre o Jazz e o Pop. O resultado foi uma sonoridade tão acessível, quão bem cozinhada, sendo que, por vezes, chegava a estimular levemente as lágrimas.

Num contexto mais ousado e experimental, tivemos a trompetista Susana Santos Silva e companheiros, que nos deram a oportunidade de apreciar o seu primeiro Impermanence in loco, com montagem e projecção de vídeo em tempo real.

A última noite de festval contou com João Guimarães, ao saxofone, a apresentar Sebastien Ammann, ao piano, juntos com Diogo Dinis, no contrabaixo e Marcos Cavaleiro, que já tinha atuado na noite anterior com outro projeto, na bateria. Esta foi uma oportunidade de ouvir o pianista suíço, que tem desenvolvido trabalho cm grandes nomes do Jazz, e que já havia atuado em 2014 na Sala Porta-Jazz.

A noite de concertos termina no Auditório Manoel de Oliveira com um mix de músicos portugueses: o Coreto Porta-Jazz, que conta com um coletivo de 12 músicos, que evocaram o Festival de Jazz do Porto, que decorreu até 2005, e homenagearam os músicos que são hoje a inspiração para uma nova geração de intérpretes.

O Festival Porta Jazz terminou. Recorde-se que é organizado pela Associação Porta Jazz, que é uma associação sem fins lucrativos, gerida por músicos do Porto e que nasce com o propósito de difundir o jazz nesta cidade. Procuram, essencialmente, projetos originais e de crescente qualidade artística. Pretendem aproximar o jazz às pessoas.

Nesse sentido, organizam durante todo o ano o circuito de Jazz no Porto, que conta com concertos pela cidade. Todos os meses é lançado o cartaz de atividades, que acontecem em salas ou espaços da cidade, como o recém encerrado AXA, ou os jardins do Palácio de Cristal, em noites de verão ou durante a habitual Feira do Livro.

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