Desporto
BASQUETEBOL: “ÁGUIAS” VENCEM NO DRAGÃO CAIXA
As duas equipas entraram nestas finais vindas de vitórias por 3 – 0 na série anterior. O Futebol Clube do Porto (FCP) eliminou o Vitória Sport Clube (VSC), enquanto que o Sport Lisboa e Benfica (SLB) vinha vitória nas Semifinais sobre a equipa da União Desportiva Oliveirense (UDO).
A partida começou com um triplo de Jeff Xavier que serviu para acordar um Dragão Caixa bem composto. A equipa da casa entrou melhor na partida e aproveitou a passividade do Benfica na tabela defensiva para tomar a liderança (dez ressaltos ofensivos no primeiro período). O mau começo dos “encarnados” obrigou o treinador Carlos Lisboa a pedir um desconto de tempo numa altura em que já perdiam por 10 pontos (15 – 5). A equipa reagiu e o jogo foi para o segundo período com uma vantagem de seis pontos para o Porto (19 – 13), depois de um tempo em que ambas as equipas estiveram pouco assertivas da linha de três pontos (1/8 para o FCP, 3/12 para o SLB).
O Benfica entrou mais forte no segundo período e conseguiu chegar ao empate em menos de três minutos (20 – 20). Nesta fase, a intensidade do jogo aumentou, com os jogadores de ambos os conjuntos a serem mais agressivos e a cometerem mais faltas. Um parcial de 11 – 0, com dois triplos e uma jogada de cesto e falta, permitiu ao Porto voltar a fugir no marcador. No entanto, após novo desconto de tempo por parte de Carlos Lisboa, o Benfica respondeu com um parcial de 12 – 1 para voltar a empatar a partida. O jogo foi para a segunda parte com vantagem dos “dragões” (35 – 32).
Durante o intervalo, o Futebol Clube do Porto aproveitou para homenagear o antigo internacional português Nuno Marçal, atual jogador do MaiaBasket Escapeforte, que conquistou quatro Campeonatos Nacionais, seis Taças de Portugal, quatro Taças da Liga e duas Supertaças ao serviço dos “azuis e brancos”.
O terceiro período começou com ambos os conjuntos a praticarem um basquetebol mais esclarecido e de ritmo alto. O jogo entrou numa fase de parada e resposta, com destaque para o poste norte-americano Raven Barber e Carlos Morais, do lado do Benfica. Da parte do Porto, Ferran Ventura e José Silva estiveram em bom plano nesta fase. O equilíbrio na partida manteve-se e o jogo foi para o derradeiro período com 57 – 54 no marcador a favor da equipa da casa.
No quarto tempo, o Benfica entrou à procura de dar bola a Damian Hollis e a Raven Barber. Os dois postes foram responsáveis por um parcial rápido de 6 – 0 que colocou as “águias” na frente pela primeira vez na partida. A resposta do FCP não se fez esperar, com um triplo de Jeff Xavier a chamar o público a jogo. A intensidade foi a nota dominante nesta fase do encontro, com o Porto a perder bastantes bolas.
A dois minutos do fim, e após uma série de decisões precipitadas dos dois conjuntos, o Benfica conseguiu chegar a uma vantagem de três pontos num contra-ataque de Carlos Morais. Com oportunidade de colocar o Porto a um ponto, Jeff Xavier vacilou na linha de lance livre e converteu apenas um de dois lançamentos. O golpe final na partida foi dado por Damian Hollis, com um afundanço a concluir um ataque rápido a 17 segundos do fim. A três segundos do fim, Brad Tinsley marcou um triplo que colocou o Porto a três pontos e fixou o resultado final.
No plano individual, destaque para José Silva do lado do Porto, com 20 pontos. Do lado do Benfica, Tomás Barroso foi o melhor marcador com 16 pontos, com quatro jogadores da equipa a marcarem 10 ou mais pontos.
No final da partida, Carlos Lisboa, treinador do SLB, lembrou que o Porto é “uma grande equipa” e desvaloriza a vantagem depois do primeiro jogo: “Ganhamos com justiça e estamos a ganhar 1-0, não mais do que isso”. O técnico do Benfica expressou o descontentamento quanto ao desempenho da equipa encarnada no ressalto defensivo durante a primeira parte: “O Porto massacrou-nos no início do jogo e não podemos permitir isso”. Quanto ao encontro de domingo, Lisboa espera mais um jogo “disputado centímetro a centímetro” entre duas equipas que “entram sempre em campo focadas no mesmo: ganhar”.
O técnico do Porto considerou que as perdas de bola e a falta de eficácia de lance livre ditaram o resultado: “Penso que, se tivéssemos sido capazes de controlar alguns turnovers e ter a percentagem de lance livre que apesentamos na fase regular, provavelmente o resultado seria outro”. Moncho López acrescentou ainda que o desempenho defensivo também foi abaixo do normal: “Sofrer 41 pontos na segunda parte mostra que o nosso nível defensivo foi deficiente.” Para isso contribuíram 24 pontos no garrafão, justificados por perdas de bola que resultaram em contra-ataques: “As perdas de bola penalizaram-nos muito”.
Com esta vitória, o Benfica adianta-se nas finais e retira o fator casa ao Porto. O segundo jogo é este domingo, também no Dragão Caixa.