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HÓQUEI: “O NOSSO OBJETIVO É HOMENAGEAR E LEMBRAR O NOME DO CÉSAR”

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César Fidalgo era considerado uma jovem promessa do hóquei em patins português. Jogador do Futebol Clube do Porto (FCP), conquistou vários títulos com a camisola azul e branca e o Europeu de sub-17 com a camisola número nove da seleção nacional.

Telmo Pinto, jogador do FCP, é um dos mentores do evento e confessa que “é giro juntar o hóquei com os amigos, ainda para mais com o sentido de homenagear um grande amigo”.

João Souto, da União Desportiva Oliveirense (UDO), é outro dos membros da organização que realça a importância deste torneio: “O nosso objetivo é homenagear e lembrar o nome do César cada vez mais e cada vez ao maior número de pessoas. E acho que o objetivo está a ser atingido”.

São muitas as equipas que se criam nas vésperas do torneio para disputar as várias partidas de 4×4 que decorrem durante as cerca de 48 horas do evento. Desde formações amadoras às que contam com grandes nomes do hóquei português. “O torneio tem vindo a crescer. Este ano, tomou proporções que não estávamos à espera. Tivemos que recusar inscrições”, revelou João Coelho, membro da organização. “Há cada vez mais público a assistir e mais equipas a querer participar”, acrescentou Souto.

A final do torneio foi disputada pelos “Não Sei Não” e os “Manukinas”, equipa que contava com a participação de Alvarinho, jogador do FC Porto. Os “Não Sei Não” saíram vitoriosos com o resultado de 9 – 5, com cada jogador  a levar um troféu César Fidalgo para casa.

A organização do torneio apostou num jogo All-Star para esta quarta edição. Telmo Pinto destaca um “pavilhão cheio” para assistir a “um jogo que foi combinado por telefone” e que juntou os melhores jogadores do campeonato português.

Em declarações ao JUP, Paulo Freitas, treinador do Sporting CP, confessou que foi muito bom poder treinar as estrelas do hóquei que tinha na equipa. O técnico fez ainda referência ao motivo pelo qual aceitou o convite: “aquilo que nos traz aqui é, por um lado, muito triste [a morte de César Fidalgo], mas é a possibilidade de lhe prestarmos  homenagem e dizer que nunca nos esqueceremos dele. O hóquei nunca se esquecerá dele”.

Várias estrelas partilharam o ringue com César Fidalgo. Henrique Magalhães, recém-chegado ao Sporting depois do empréstimo ao Hóquei Clube Liceo, da Coruña, lembrou os jogos nas camadas jovens e disse que “foi um orgulho e um prazer” ter participado no torneio. Tanto o jogador como Rafa, jogador do FC Porto, referem que o torneio é “uma boa iniciativa para promover o hóquei em patins”. Rafa acrescentou que “é uma boa maneira de lembrar o César”, uma vez que “ele adorava jogar hóquei e estar com os amigos e é o que o evento acaba por permitir”.

Uma das figuras do hóquei feminino, Marlene Sousa, falou numa “homenagem espetacular ao César” que lhe permitiu jogar com “referências de infância como Reinaldo Ventura e Pedro Gil”. A jogadora lembrou ainda o reconhecimento do “valor do hóquei feminino”.

Reinaldo Ventura afirmou que aceitou o convite “principalmente pela homenagem”, mas também por ser “um evento para divulgar o hóquei”. O “Rei”, como é conhecido na modalidade, está de partida para Viareggio (Itália), onde vai jogar na próxima época à procura de uma “nova maneira de estar no hóquei”.

Edo Bosch, afirmou que aceitou o convite “pela homenagem” e tudo o que pode fazer “agora e no futuro é tentar estar presente”. O espanhol teve ainda aplausos do públicos e dos colegas de equipa na despedida do hóquei.

Quando questionado sobre a pouca cobertura que o torneio teve por parte dos órgãos de comunicação social, Telmo Pinto afirmou que  se deveria dar “mais importância a este tipo de eventos e a esta modalidade” e acrescentou que foi essa uma das motivações para criar o All-Star.

O Torneio de Verão César Fidalgo promete voltar no próximo ano e tanto Telmo Pinto como João Souto dizem já estar a pensar na quinta edição.

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