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ANDEBOL: “DRAGÕES” AVASSALADORES DOMINAM ABC

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O ABC vinha de uma derrota surpreendente no Flávio Sá Leite ante o AC Fafe e precisava de uma vitória para se manter com os “pés assentes” nos lugares que dão acesso ao grupo A da fase final, onde figuram os seis primeiros classificados da fase regular da competição. Em casa, jogava um Futebol Clube do Porto (FCP) que seguia num consolidado primeiro lugar com apenas uma derrota, e que procurava manter o estatuto de líder isolado.

Num encontro especial para Rui Silva, central do FC Porto, e Nuno Silva, central do ABC, foi o irmão que veste de azul e branco que começou melhor, ao ver a sua equipa inaugurar o marcador depois de um remate falhado para cada lado.

Foi o FC Porto quem inaugurou também o capítulo das exclusões, com Daymaro Salina a ser excluído por dois minutos. Isso não afetou os “dragões” que, em desvantagem numérica, não sofreram nenhum golo e marcaram dois, chegando assim ao fim dos primeiros cinco minutos a vencer por 5-1 .

Aos nove minutos, o FCP teve mais um elemento excluído. Jorge Rito, treinador dos minhotos, para tirar proveito da situação, subiu a defesa e importunou desta forma o ataque portista. As alterações surtiram efeito e o ABC conseguiu diminuir a margem para dois golos, decorria o minuto 15 do jogo.

Se os teóricos dizem que um jogo de andebol se ganha na defesa, o FC Porto estava a pô-lo em prática, com a maior parte dos seus golos a serem marcados em transições rápidas após recuperações de bola defensivas. Esta atitude defensiva, juntamente com as combinações eficazes entre primeira linha e pivots no ataque, garantiam aos primeiros classificados uma vantagem de dez golos a cinco minutos do intervalo.

O ímpeto portista fatigou os minhotos, que se desnortearam nas ações ofensivas e mostravam alguma debilidade defensiva. Os azuis e brancos dilataram a vantagem para onze golos e, ao intervalo, o marcador registava 20-9 para os dragões.

As equipas voltaram do intervalo e no FC Porto entrou Miguel Martins para comandar o ataque portista. Foram do internacional português os primeiros golos do segundo tempo.

Só quatro minutos e meio após o início da segunda parte o ABC inaugurou o marcador. No entanto, os academistas viam a sua baliza intacta perante os remates portistas… Isto se não saíssem das mãos de Miguel Martins. O jovem central era fator de destaque no início da segunda parte.

À semelhança da primeira parte, o FC Porto teve um jogador excluído nos primeiros dez minutos do segundo tempo. O que foi semelhante também foi a resposta dos dragões, que recuperavam bolas defensivas e eram exímios em transições.

Cruzamentos entre a primeira linha, permutas e jogadas com o pivot eram os movimentos mais utilizados entre a formação azul e branca quando era necessário organizar o ataque, mas a intensidade de cada jogada era determinante para o sucesso da mesma. Com os laterais portistas em tarde inspirada, o FC Porto mantinha a vantagem a meio da segunda parte.

O ABC tentava responder mas na baliza portista havia um austríaco a brilhar. Bauer travou o que a defesa não conseguia e os minhotos viam o tempo a avançar e a vantagem dos da casa a manter-se.

A 10 minutos do final da partida, o resultado mantinha-se nos doze golos de diferença e os três pontos estavam garantidos para a equipa portista. O ABC mostrou-se batalhador, mas não conseguiu combater o talento e intensidade portista, que decidiram cedo a partida a favor dos homens de Magnus Andersson.

O sueco rodou a equipa e deu oportunidade aos jovens Yoan Balásquez e Leonel Fernandes  de jogarem juntos no lado esquerdo do ataque azul e branco. O primeiro destacou-se com ações ofensivas de grande qualidade, sendo o melhor marcador da partida, a par de Miguel Martins.

O cronómetro soou e mais três pontos ficaram no Dragão Caixa. O marcador registou 36-22 para os azuis e brancos e a equipa portista segue, assim, com um parcial de 19 vitórias e uma derrotas.

Magnus Andersson salientou “o jogo fácil” que a equipa teve. O treinador sueco referiu que “ a equipa resolveu o jogo em 7/8 minutos”, ao contrário do que esperava, pelo “ jogo difícil em Braga”. Já Jorge Rito defendeu os “argumentos diferentes entre as equipas”. O treinador português destacou a “dificuldade em penetrar a defesa do portista” e traçou o objetivo para os minhotos de “ ficar nos primeiros seis classificados”

O FC Porto volta a jogar em casa, na quarta-feira, com o AC Fafe, em partida antecipada da 23ª jornada. Já o ABC tem mais uma prova de fogo, desta feita contra o SL Benfica, em Braga.

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