Desporto
MUNDIAL UNIVERSITÁRIO DE BASQUETEBOL 3X3: REPRESENTANTES DA ACADEMIA FICARAM PERTO DOS QUARTOS
Organizada pela Universidade de Huaqiao, sob a égide da Federação Internacional do Desporto Universitário, na Taça Mundial Universitária de Basquetebol 3×3 competiram 32 equipas, 16 para a competição masculina e 16 para a feminina, vindas de vários pontos do mundo para representar as suas universidades e países.
O percurso da equipa da Academia do Porto não se viria a revelar o desejado, num grupo desde logo complicado, partilhado com as universidades representativas de Macau, Mongólia e Senegal. Os vice-campeões europeus viriam a perder todos os jogos da fase de grupos, todavia, dois deles pela margem mínima de 17-18, duas partidas muito bem disputadas que, por detalhes, não permitiram a passagem à fase seguinte.
Em declarações ao JUP, Eduardo Samuco, Capitão de equipa, referiu que a vitória esteve muito próxima, mas houve dificuldade em fazer as escolhas corretas no último minuto. “A ânsia era tanta de ganhar que quisemos sentenciar ambas as partidas ‘demasiado’ rápido. No primeiro jogo não conseguimos contrariar o lançamento exterior da Universidade de Macau, eles estavam simplesmente num dia sim.”
Ao entrar para o terceiro jogo era já impossível chegar aos quartos de final. O resultado acabaria numa derrota mais pesada por 12-18. Para os quartos acabariam por se qualificar as universidades representantes do Senegal e da Mongólia. Na final, acabariam por sair vitoriosos os jogadores da Universidade Paulista, representantes do Brasil.
Sobre a preparação da equipa para o torneio, o Samuco disse que, embora a preparação para o torneio embora tenha sido muito individual devido a ter decorrido durante a época federativa de basquetebol 5×5, sentiu “que a equipa estava preparada para as adversidades”.
O capitão destacou também a atmosfera fantástica vivida no torneio. “O recinto estava sempre cheio. As pessoas que não tinham acesso às bancadas do recinto juntavam-se às grades em massa para ver os jogos”. Quando questionado sobre o sentimento de representar a Academia do Porto e o País, o atleta afirmou que é uma “sensação única, uma responsabilidade muito grande” que desperta sempre alguma ansiedade e nervos que acabam por desaparecer na altura de entrar em jogo.
Eduardo Samuco revelou ainda que a equipa sentiu alguma diferença no nível competitivo das equipas universitárias asiáticas em comparação com as restantes. “São muito diferentes. São bons tecnicamente e muito rigorosos taticamente. Defensivamente eram agressivos e muitas vezes no limite da falta o que lhes facilitava na defesa porque o critério era mais alargado”. De acordo com a sua perceção, as restantes equipas estariam ao nível das equipas que defrontaram no Europeu.
O capitão de equipa da AEISCAP teceu ainda elogios à organização do torneio, particularmente ao nível da sua boa organização e eficiência. “Fizeram de tudo para que fossem cumpridos os horários para tudo. Nunca nos deixaram que faltasse alguma coisa”. Para além disso, a comitiva do torneio proporcionou ainda uma pequena visita guiada pelos pontos chave da cidade às várias equipas da competição. Samuco destacou ainda o companheirismo e a partilha de culturas, “que foi também um aspeto muito positivo e enriquecedor”
Também a representar Portugal na competição esteve a equipa feminina da Universidade de Aveiro cuja participação no torneio acabou por ter o mesmo desfecho da equipa da academia do Porto, ao ficar pela fase de grupos com três derrotas em três partidas.