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Desporto

ÉPOCA 2014/2015 – EUROPA EM MUDANÇA COM COROA EM MADRID

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Estamos já em pleno Agosto e os corações transbordam de expectativa e ansiedade para o início da época 2014/2015. Fazendo a análise dos clubes das principais ligas europeias, começamos por Portugal:

Depois de uma época em que o SL Benfica dominou largamente todas as competições internas, muitas movimentações ocorreram durante este defeso, esperando-se ainda mais algumas até dia 31 de Agosto. Os campeões nacionais fizeram vários negócios acabando por vender grande parte daqueles que foram os artistas responsáveis pelo desempenho na última época. Jogadores como Garay, Cardozo, Oblak, Markovic, Siqueira e Rodrigo deixaram o clube lisboeta sendo que nem sempre o negócio (em termos monetários) justificou a perda que se impunha ao Benfica. Apesar de tudo, e sem grandes nomes a chegarem à Luz, espera-se uma temporada mais fraca dos encarnados, partindo sem favoritismo, como veio comprovar a pré-época e o encontro da Supertaça de Portugal.

Do outro lado da 2ª Circular, o Sporting continua forte no trabalho de construção da equipa que já vem sendo feito há algumas épocas com a aposta em jovens promissores, agora sob o comando de Marco Silva. O jovem técnico português realizou um trabalho fantástico ao leme da equipa do Estoril Praia, onde perdeu quase metade dos elementos que já na época 2012/2013 tinham realizado um excelente desempenho, e conseguiu deixar a equipa no 4º lugar do campeonato, garantindo o acesso direto à Liga Europa. Espera-se agora que saiba aproveitar o trabalho já existente, dando-lhe continuidade e conseguindo elevar a fasquia de “candidato” para “detentor” do título. Em termos de saídas, a de maior relevo é a do inglês Eric Dier, ainda com enorme margem de progressão, mas que correspondeu a um grande encaixe financeiro para os cofres de Alvalade. Com tudo o que se tem visto até agora, os leões partem como principal opositor ao FC Porto.

FC Porto que parte, este sim, como principal candidato a reivindicar o título de Campeão Nacional, assente numa ideia nomeada por si mesmo como o “resgate”, o retomar do habitual ciclo de domínio do futebol português. Foi o clube que mais dinheiro gastou neste mercado de transferências e a política adoptada desta vez baseou-se sobretudo em jogadores da confiança do treinador Julen Lopetegui e já com provas dadas a alto nível, como é o caso de Cristian Tello, Oliver Torres, Adrian, Brahimi, Andrés Fernandez, José Angel, Casemiro e Iván Marcano. As vendas de Fernando e Mangala ao Man. City, e a de Iturbe ao Hellas Verona constituem um significativo encaixe financeiro, que pode provocar algumas inseguranças mas o que se espera da equipa dos dragões é que atinja elevados patamares de qualidade exibicional e consiga regressar aos títulos, não havendo margem de erro.

Lá por fora o mercado mostrou-se agitado como sempre. Destaque para os nossos vizinhos espanhóis. O Real Madrid concretizou talvez os 2 maiores negócios deste defeso, com as aquisições de James Rodriguez e Toni Kroos por 80 e 25 milhões de euros, respetivamente. Se já dispunham de um plantel poderosíssimo, os merengues vincam ainda mais o seu estatuto no futebol mundial. Mesmo com as contratações de Vermealen, Rakitic e Suarez, o Barcelona não parece estar ao nível deste Real, ainda para mais depois da conclusão de ciclos de Puyol, Xavi e Iniesta e das saídas de Fabregas e Alexis Sanchéz. O Atlético de Madrid perdeu jogadores como Courtois Felipe Luis e Diego Costa, e já no ano transacto as suas conquistas e desempenhos se deveram à força do coletivo e à sua capacidade de se transcenderem e superarem, pelo qe essa capacidade terá de estar presente em cada jogo para conseguirem chegar onde pretendem.

Em frança, o PSG é o maior valor do futebol, com a manutenção do plantel dentro do que era e com a adição de David Luiz, passando agora a ter talvez a melhor dupla de centrais do mundo. Com uma equipa fantástica, comandados por um Zlatan Ibrahimovic que fica melhor a cada ano que passa, o campeão francês beneficiou também da venda de James Rodriguez ao Real Madrid, enfraquecendo assim o seu maior oponente, o Mónaco, necessitando ainda assim de muita regularidade num campeonato em que todos podem ganhar a todos.

Em Itália, sem movimentações muito sonantes, Roma e Juventus parecem apontadas a mais uma boa época, se bem que se espera muito mais brilhantismo no que toca ao seu envolvimento nas competições europeias. Inter e Milan procuram arrumar a casa e reestruturar os seus plantéis com vista a voltarem ao mais alto nível em termos nacionais e europeus.

Na Bundesliga, o colosso Bayern de Munique fez aquilo que sempre faz, retirou a um dos seus rivais uma das suas melhores armas. Robert Lewandovski deixou Dortmund e rumou a Munique, sendo agora a principal referência do ataque dos bávaros. Contratou ainda Pep Reina para guarda-redes suplente de Manuel Neuer, sendo que a única perda significativa que teve foi a da transferência de Toni Kroos para o Real Madrid. Mantém-se assim como o cabeça-de-série à conquista da Bundesliga e na linha da frente na luta pela Liga dos Campeões, mas será interessante ver o quanto irá sentir a falta do médio alemão no seu desempenho.

Naquela que é a melhor liga de futebol do mundo, a Barclays Premier League, o campeão Manchester City reforçou-se com Fernando e Mangala, do FC Porto, dois dos melhores jogadores do mundo nas suas posições. E conseguiu o empréstimo de Frank Lampard, histórico capitão do Chelsea que rumou à MLS. O Chelsea permitiu a Cesc Fabregas regressar à Premier League, assim como Drogba, que volta ao clube onde foi e continua a ser um ídolo, para ajudar José Mourinho na sua reconquista em terras de sua majestade. O Liverpool terá de mostrar muito trabalho depois da perda de Suarez, uma vez que melhor do que o que fez no ano passado será muito difícil. O Arsenal contratou Alexis Sanchez e os comandados de Arsene Wenger já conseguiram quebrar o jejum de títulos, uma vez que  venceram os citizens no jogo da Supertaça Inglesa mas terão de fazer mais do que as habituais promessas e expectativas iniciais e o desapontamento que se acaba por seguir a elas.

Citizens e blues são talvez as equipas que melhor posicionadas partem e são equipas que pelo passado recente mostram ser mais propensas a manter um desempenho regular. Ainda para descobrir como correrá a tarefa que Van Gaal tem pela frente para recuperar o Manchester United, que caiu em desgraça depois da saída de Alex Fergunson. Ou a expectativa na época que o Everton realizará depois de Roberto Martinez, que soube aproveitar bem a década de trabalho que David Moyes lhe deixou como legado, ter levado a equipa de Goodisson Park a um estonteante 4º lugar. Aqui os resultados são impossíveis de prever, nenhum campeonato é igual a outro, e qualquer uma destas equipas pode fazer o impossível. Por vezes existem enormes discrepâncias entre os resultados obtidos numa época e na seguinte, pelo que cada equipa constituirá um desafio único e com muitas histórias e acontecimentos à sua volta, pelo que nada bate o que envolve um jogo da Premier League.

Olhemos para qualquer que seja o participante e estaremos perante uma equipa cheia de história, cheia de qualidade, uma equipa suportada por uma massa associativa enorme e uma equipa reconhecida internacionalmente.

Acima de tudo, que cada jogo, mesmo não sendo na Premier League, tenha toda a paixão, todo o espetáculo, toda a dedicação, tudo o que lhe está adjacente. Porque é a quantidade e a magnitude dos sentimentos despertados em cada partida que fazem do futebol aquilo que ele é.

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