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Andebol: Portugal vitorioso no primeiro teste de qualificação para os Jogos Olímpicos

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Após o histórico 10º lugar no Mundial, Portugal enfrentou a seleção tunisiana, 25º classificada no Campeonato do Mundo, no primeiro jogo de qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio. A partida ficou marcada pela ausência de Alfredo Quintana, jogador luso-cubano do FC Porto que faleceu no final de fevereiro, vítima de uma paragem cardiorrespiratória. Esta foi a primeira vez que a seleção portuguesa entrou em campo após a sua morte.

Dedicação e esforço português

A equipa de Paulo Jorge Pereira, selecionador português, abriu o marcador com um golo do ponta direita Pedro Portela, ainda dentro do primeiro minuto de jogo. O jogador subiu no contra-ataque e penetrou a defesa tunisina que não teve hipótese de impedir a investida do jogador da “seleção das quinas”. Ainda durante o primeiro minuto, a Tunísia aproveitou a desorganização da defesa portuguesa, e fez o golo do empate poucos segundos depois. Aos sete minutos de jogo, Portugal seguia na frente, depois de uma grande jogada aérea entre Rui Silva e André Gomes, que fixou o marcador em 6-2.

Apesar das dificuldades defensivas em travar os pivôs tunisinos, o destaque da primeira parte foi para o guarda-redes Gustavo Capdeville. O guardião que ocupou o lugar de Quintana na baliza, honrou o antigo colega com uma prestação exímia ao longo do encontro.

No último minuto da primeira parte, António Areia foi chamado a marcar da linha dos sete metros, na sequência de uma falta do jogador da seleção tunisiana sobre Fábio Magalhães. O ponta direita estabeleceu a vantagem de 15-11 para Portugal, que partiu para intervalo na frente do marcador.

Vitória a apontar para o céu

A Seleção Nacional entrou na segunda parte a vencer com uma vantagem clara, mas que ainda permitia à Tunísia ambicionar a recuperação. Um grande passe de Bélone Moreira para Leonel Fernandes deu origem ao 16-11 para a seleção portuguesa no primeiro minuto do segundo tempo.

Apesar da superioridade dos portugueses ao longo da partida, a Tunísia não deixou de criar perigo na área adversária. Foi Amine Bannour, que viria a ser um dos melhores marcadores do lado tunisino, que fez o 13-17 para a Tunísia, e tentou aproximar a sua seleção no resultado. Portugal viu-se obrigado a apostar numa defesa mais agressiva, frente a uma Tunísia persistente. A equipa portuguesa pressionou até ao fim, na tentativa de se manter na frente da partida para somar os primeiros três pontos na competição.

Já perto do fim do encontro, a nove minutos do apito final, Gustavo Capdeville, não conseguiu evitar o 22º golo da equipa tunisiana, após um livre de sete metros convertido por Oussama Boughanmi, que estabeleceu o resultado em  22-26.

A desvantagem de quatro golos foi o melhor que a Tunísia conseguiu no segundo tempo, que já em quebra física viu Portugal voltar a fugir no marcador durante os últimos momentos do encontro. O golo final surgiu das mãos de Alexandre Cavalcanti, que estipulou o 34-27 para os portugueses com que a partida terminou.

Em declarações no final do jogo, o selecionador português afirmou que a equipa conseguiu atingir o objetivo e que a vitória por sete pontos foi muito importante. “Entramos muito bem, com clareza nos objetivos. Gerimos [o jogo] sem grande sofrimento”, analisou o técnico. 

O guardião titular, Gustavo Capdeville, que assumiu a responsabilidade de proteger a baliza portuguesa, afirmou que o jogo foi muito difícil a nível emocional devido à ausência do ex-colega de posição. “Procurei colocar as emoções em jogo e acho que me consegui sair bem. Foi um bom jogo”, reforçou o jogador.

Com esta vitória, Portugal está na frente do grupo dois, com os mesmos dois pontos da França. A equipa de Paulo Jorge Pereira vai defrontar, este sábado, a Croácia, derrotada no jogo de estreia pelos gauleses, na segunda jornada da qualificação para os Jogos Olímpicos.

Artigo da autoria de Catarina Leite

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