Connect with us

Desporto

Hóquei: FC Porto imperial na receção à UD Oliveirense

Published

on

Depois da goleada frente ao Sporting Clube de Tomar (SC Tomar), o Futebol Clube do Porto (FC Porto) regressou, esta quarta-feira, ao Dragão Arena para receber a União Desportiva Oliveirense (UD Oliveirense), que vinha de um empate em casa do HC Turquel, no fim de semana. Naquele que é um dos clássicos do Hóquei em Patins, os “dragões” procuravam aproveitar este jogo em atraso da 13ª jornada do campeonato para se isolarem de novo no primeiro lugar, enquanto os visitantes tentavam subir ao terceiro lugar.

Um primeiro tempo que merecia mais golos

Ainda antes de os jogadores terem tempo de aquecer e entrar no ritmo da partida, a equipa de Oliveira de Azeméis teve uma oportunidade clara para marcar. Rafa viu o cartão azul, no minuto inaugural, e deu a Marc Torra a chance de colocar os visitantes em vantagem através de um livre direto. Como tantas vezes tem acontecido nas últimas jornadas, Xavi Malián, guarda-redes “azul e branco”, travou as intenções do compatriota e manteve a sua baliza a zeros.

A UD Oliveirense aproveitou a vantagem numérica para dominar os primeiros minutos do encontro, com mais tempo de bola e vários disparos à baliza portista, embora sem conseguir chegar ao golo. A igualdade no número de jogadores em campo voltou a ser quebrada quando Marco Sayo foi excluído e colocou Gonçalo Alves, o goleador do FC Porto, em embate direto com Nélson Filipe. O guardião dos visitantes levou a melhor.

Contudo, ao contrário da formação treinada por Paulo Pereira, os “dragões” aproveitaram a superioridade numérica para fazer o 1-0, depois de uma combinação entre Gonçalo Alves e Carlo di Benedetto. O francês assinava assim o seu primeiro golo na partida. Numa primeira parte sempre disputada a um ritmo alto e com as duas formações a procurar a baliza contrária, os comandados de Guillem Cabestany foram mais perigosos nos minutos a seguir ao golo, mas a qualidade dos jogadores oliveirenses obrigavam a equipa da casa a estar sempre em alerta.

Exemplo disso foi o remate de Jordi Bargalló ao poste, depois de uma perda de bola em zona perigosa de Gonçalo Alves. Seguiu-se, pouco depois, uma grande penalidade para os visitantes. Lucas Martínez ainda acabaria por colocar a bola dentro da baliza na recarga após defesa de Malián, mas o lance foi anulado porque a equipa de arbitragem considerou que a bola tinha subido além do limite permitido.

Com o jogo a cair frequentemente numa toada de parada e resposta, que esbarravam invariavelmente nos guarda-redes, o FC Porto dispôs de várias bolas paradas para se adiantar no marcador até ao intervalo. Em três livres diretos marcados por três jogadores distintos – di Benedetto, Gonçalo Alves e Giulio Cocco -, os “dragões” não converteram nenhum e o resultado permaneceu em 1-0 quando as equipas regressaram aos balneários.

Avalanche “azul e branca”

A segunda parte começou com o FC Porto instalado no meio campo ofensivo, mas a primeira oportunidade foi, tal como na primeira parte, para os visitantes. Malián voltou a estar imperial na baliza “azul e branca” e negou de novo o golo a Lucas Martínez na cobrança de um livre direto a castigar a décima falta da equipa da casa. A maior acutilância portista acabou por ser finalmente refletida no marcador, quando aos cinco minutos, Rafa aproveitou uma bola solta na área para fazer o 2-0.

O terceiro dos “dragões” chegou poucos minutos depois, através de uma excelente jogada individual de Reinaldo García, finalizada com uma “picadinha”. Depois seria a vez de Gonçalo Alves juntar-se à  lista de marcadores, ao conseguir, à terceira tentativa, converter com sucesso uma bola parada para fazer o 4-0. Menos de um minuto após a grande penalidade anterior, o internacional português voltou a dispor novamente de um penálti que cobraria de novo com sucesso.

Com um resultado já bastante desnivelado, o FC Porto, em mais uma bola parada, desta vez consequência de um cartão azul para Jorge Silva, Gonçalo Alves voltou a não desperdiçar e fez o 6-0. No minuto seguinte, os “azuis e brancos” não só voltaram a marcar, como o fizeram por duas vezes. Gonçalo Alves e Ezequiel Mena colocaram o resultado nuns expressivos 8-0. A UD Oliveirense respondeu de imediato e chegou ao seu primeiro golo no encontro, na cobrança de uma grande penalidade por Marco Sayo.

Logo de seguida, nova grande penalidade para a equipa de Paulo Pereira, mas Malián não se deixou enganar novamente. Com os “azuis e brancos” já em descompressão, os visitantes construíram uma boa jogada de envolvência para fazer o 8-2. Até final, o jogo manteve-se na base de transições rápidas e muitos remates, mas o resultado não sofreu alterações. Ezequiel Mena foi quem esteve mais próximo de marcar ao atirar ao ferro da baliza de Nélson Filipe. 

No final do encontro, Paulo Pereira, técnico da UD Oliveirense, afirmou que ninguém esperava uma segunda parte como a que aconteceu neste jogo e que há “muito para corrigir”. Deu os parabéns ao FC Porto pela vitória num jogo com bastantes bolas paradas. Já Guillem Cabestany, treinador dos “dragões”, considerou que “a primeira parte foi confusão de jogo” e culpabilizou o critério apertado da equipa de arbitragem e os muitos cartões azuis admoestados. No segundo tempo, a equipa foi capaz de se acalmar, depois de uma primeira parte em que “jogou mal”.

Com este resultado, o FC Porto é agora líder isolado com mais três pontos que o Óquei de Barcelos. A UD Oliveirense caiu para o quinto lugar, devido à vitória do Sporting CP frente HC Braga. Os “azuis e brancos” voltam a jogar no domingo, na casa da AD Sanjoanense, nona classificada do campeonato, enquanto a formação de Oliveira de Azeméis recebe o HC Braga, que ocupa o décima lugar da prova, já este sábado.

Artigo da autoria de Pedro Marques dos Santos