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Desporto

Hóquei: “Remontada” dá vitória ao FC Porto no jogo inaugural da Liga Europeia

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Depois da vitória diante do Hóquei Clube Os Tigres (HC Tigres) para o campeonato e de duas semanas de preparação, sem competição, o Futebol Clube do Porto (FC Porto) deslocou-se, esta sexta-feira, ao Pavilhão do Luso, na Mealhada, para defrontar os catalães do Club Esportiu Noia (CE Noia) em jogo a contar para a Liga Europeia de Hóquei. 

Pressão lusa, mas vantagem espanhola

À partida para o encontro, o FC Porto levava algum favoritismo em relação aos espanhóis do CE Noia, mas o primeiro tempo ficou marcado pela vantagem que os catalães conseguiram estabelecer no marcador, apesar de uma maior posse de bola da equipa portuguesa. 

Os “dragões” foram os primeiros a ameaçarem a baliza adversária, através de um remate ao poste por parte do capitão Reinaldo García. No entanto, foi a equipa espanhola que chegou primeiro ao golo. No seguimento do lance, um contra-ataque rápido dos catalães sobre o lado direito do ringue, acabou com o nulo no marcador e deu a vantagem aos catalães, após remate do jovem avançado espanhol Pol Manrubia.

Mais tarde, Manrubia voltou a estar em destaque. Novo contra-ataque para os espanhóis e novo golo para o avançado, que rematou com força e de forma colocada à baliza defendida por Xavi Malián. A equipa portista não baixou os braços e continuou à procura de encurtar a desvantagem, mas o bloco defensivo do CE Noia e as inúmeras intervenções do guarda-redes Xus Fernández negavam o golo aos “dragões”. 

Mais tarde Gonçalo Alves rematou com estrondo ao poste da baliza catalã, naquela que foi  a terceira bola ao ferro para os portistas. As investidas dos “azuis e brancos” eram notórias, mas a pontaria dos jogadores impedia a formação orientada por Guillem Cabestany de reduzir o marcador.

O técnico portista acabou por apostar num estilo de jogo mais atacante e, por isso, optou por colocar em campo quatro jogadores de cariz ofensivo. No entanto, foi o CE Noia que voltou a marcar, através da conversão de um penálti, batido por Xavi Costa, e dilatou a vantagem dos espanhóis para três golos. Vantagem essa que acabaria por durar poucos segundos. Xavi Barroso, com um remate forte e do meio da rua, marcou para o FC Porto e reduziu a desvantagem portista. Mais tarde os “azuis e brancos” voltaram a ter um golo negado pelos postes da baliza de Xus Fernández, mas acabaram mesmo por reduzir, desta vez por Di Benedetto que marcou após um lance de insistência. O FC Porto ganhava assim em ascendente e nova esperança de reverter o resultado. 3-2 era o parcial ao intervalo.

Cambalhota no marcador

A segunda metade do encontro começou com o FC Porto a pressionar bastante, mas sempre com um bom equilíbrio entre ataque e defesa. Apesar de os “dragões” estarem sempre mais perto do golo, o cenário que já se tinha visto na primeira parte voltou a repetir-se. Os espanhóis foram os primeiros a marcar e dilataram de novo a vantagem pelo stick de Manrubia, que através de um livre direto, fintou Malián, aumentou a vantagem para 2-4 e fez o terceiro da conta pessoal.

Um minuto depois do golo da formação espanhola, Gonçalo Alves, através da conversão de uma grande penalidade, estabeleceu o marcador em 4-3, num remate que passou por baixo do corpo do guardião espanhol. Começava assim a cambalhota no marcador com o goleador do FC Porto a ser o principal destaque. 

Após reduzir a desvantagem, o internacional português assistiu, ao minuto oito, o colega Ezequiel Mena, que empatou a partida. No mesmo minuto, Gonçalo Alves voltou a oferecer um golo, desta vez ao médio Xavi Barroso, que surgiu do lado direito do ringue e num grande remate, colocou os “azuis e brancos” pela primeira vez na frente do marcador.

Barroso ainda podia ter dilatado a vantagem portista, à passagem do minuto 13, mas, isolado, não conseguiu bater Xus Fernández. Logo de seguida, o FC Porto beneficiou de uma grande penalidade e, embora Gonçalo Alves tenha marcado, o golo foi invalidado por falta de sinalética do árbitro. Na repetição, o goleador portista falhou.

Contudo, os “dragões” acabaram por conseguir aumentar a vantagem. Primeiro foi Carlos di Benedetto, que bisou após passe de Giulio Cocco, num golo muito contestado pela formação espanhola. Depois foi a vez de Gonçalo Alves bisar, através da conversão de um livre direto. Desta vez, Gonçalo optou pela finta e estabeleceu o marcador, que não se alterou mais até ao fim do encontro, em 7-4, num duelo ibérico bastante disputado.

No final do encontro, o técnico dos “azuis e brancos”, Guillem Cabestany, referiu que a sua equipa manteve sempre o foco contra “um CE Noia que joga com tudo” e destacou ainda os sete golos marcados, algo que considerou meritório. O treinador portista revelou ainda que, independentemente das condicionantes, sente-se muito agradado por poder jogar a Liga Europeia, em 2021, e por esta não ter sido cancelada pelo segundo ano consecutivo.

Os comandados de Guillem Cabestany, ganham assim vantagem sobre os espanhóis do CE Noia e têm encontro marcado para domingo, diante do Óquei Clube de Barcelos, naquele que será o segundo e último encontro da fase de grupos da Liga Europeia. Por sua vez, os catalães procuram assegurar os três pontos já amanhã, num jogo de extrema importância diante da formação de Barcelos. Em caso de derrota, o CE Noia fica fora da competição.

Artigo da autoria de Eduardo Abreu