Desporto
Campeonato do Mundo de Vela disputado na Frente Atlântica do Porto
A mais antiga das classes do circuito olímpico de vela vai ter a Frente Atlântica do Porto como palco e disputa-se entre 5 e 12 de maio. A prova terá lugar em dois campos de regatas, um diante das praias de Gaia e o outro ao largo de Matosinhos e do Porto. Para além de definir o campeão mundial da classe Finn, a Porto Finn Gold Cup 2021 vai também atribuir as duas últimas vagas de qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio.
Quinze seleções vão estar em disputa para a vaga europeia, entre as quais Polónia, França, Suíça, Espanha e a Croácia, nações que assumem maior favoritismo. Vasco Pereira, Jorge Pinheiro de Melo, Nuno Espírito Santo e Filipe Silva, todos do Clube Naval de Cascais, são os quatro portugueses na luta por esta que é a última vaga do Velho Continente. África do Sul, Tunísia e Namíbia destacam-se entre as outras seleções e são dadas como as principais candidatas a vencer a vaga africana.
Esta é já a terceira vez que Portugal recebe a Finn Gold Cup que, em 65 anos de história, já se tinha realizado por duas vezes nos mares nacionais, nos anos de 1970 e 2017, onde Cascais foi o palco da prova. O Porto acolhe a competição pela primeira vez, com 80 velejadores, de 33 nacionalidades distintas, a serem esperados, acompanhados por 50 treinadores. O inglês Gilles Scott, campeão mundial por quatro vezes nesta categoria e medalhado nas Olimpíadas do Rio 2016, é a principal figura da competição.
Naquele que será o terceiro evento organizado BB Douro e a Douro Marina em colaboração com a Frente Atlântica do Porto, a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, lembrou que esta organização é a prova de um bom trabalho realizado em conjunto pelos três municípios. A autarca não deixou de referir que, em fase de pandemia, conseguir promover esta competição“ é também uma mensagem de confiança e esperança no futuro ” e frisou que “cultura e desporto devem estar na primeira linha desta retoma”.
Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, deixou claro que a “vela é um desporto de futuro, por não ser poluente, por ser um desporto amador e por ser, também, uma experiência de vida para os mais jovens”. O autarca, e antigo velejador, referiu ainda que este se trata de um projeto “que pretende potenciar o que de melhor têm os três territórios”. Para Rui Moreira, “esta prova vem confirmar a nossa região como um destino internacional de excelência para a vela”.
Por fim, o vereador do Desporto da Câmara Municipal de Vila Nova Gaia, José Guilherme Aguiar, referiu que “as competições de vela têm sido um enorme êxito organizativo” e que a colaboração com a Frente Atlântica do Porto se trata de “uma parceria que tem resultado em cheio no desporto”.
Devido à pandemia de COVID-19, a Porto Finn Gold Cup 2021 não vai ter público e todos os participantes vão estar sujeitos a um plano de contingência específico, de acordo com as normas recomendadas da Direção-Geral de Saúde.
Artigo da autoria de Eduardo Abreu