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Voleibol: Seleção Masculina vence e ruma ao Europeu apenas com vitórias

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Depois de vencer a Noruega e carimbar, pela sexta vez e segunda consecutiva, o lugar no Europeu no dia anterior, a seleção masculina das “quinas” jogou, em Matosinhos, o último encontro inerente à qualificação para a competição, frente à Hungria. Portugal tinha interesse em vencer, de modo a terminar o apuramento apenas com vitórias. Já a Hungria, impossibilitada de seguir na competição, queria conquistar o seu segundo triunfo.

Primeiro set de sentido único

O início do encontro primou pela agressividade e assertividade dos comandados de Hugo Silva, selecionador português, que abriram as honras ao marcador e fizeram jus ao favoritismo atribuído. Alexandre Ferreira evidenciou-se no primeiro parcial de jogo pelos serviços firmes que valeram à Seleção Nacional bastante superioridade. Por sua vez, a seleção húngara não teve o melhor arranque e apresentou alguma desorganização nos momentos ofensivos. 

Num primeiro set em que Portugal foi dominador, o jogador com mais destaque foi Marco Ferreira, que concedeu à formação da casa a maioria dos pontos e revelou muita frieza e firmeza no ataque. As dificuldades foram criadas à Hungria, no entanto, com algum realce, Alpár Szabó tentou devolver a esperança à sua seleção. 

Ainda que tenha havido uma notória tentativa para equilibrar o primeiro parcial, os lusos não abrandaram e com bastante eficácia, bom aproveitamento dos contra-ataques e alguns pontos do bloco, afirmaram a vantagem em 25-15 num set resolvido de forma rápida.

Tentativa de equilíbrio não quebrou o pleno de vitórias 

Na entrada para o segundo parcial, não se verificaram alterações em ambas as seleções e foi a Hungria a revelar-se mais eficaz nos momentos iniciais. A seleção comandada por Robert Koch, selecionador húngaro, contrariou a superioridade alcançada pelos portugueses até então e, com bom aproveitamento dos contra-ataques, lideraram o marcador durante alguns períodos. 

Ainda assim, não tardou a resposta portuguesa que, de imediato, encurtou a distância pontual, com destaque para a capacidade defensiva de Miguel Tavares Rodrigues. O resultado do segundo set refletiu o equilíbrio conseguido, uma vez que a seleção das “quinas” resgatou o parcial apenas com cinco pontos de vantagem, 25-20.

Com o foco posicionado no apuramento apenas com vitórias, a seleção portuguesa viu-se obrigada a quebrar o ritmo da congénere húngara, que voltou a entrar no terceiro parcial com bastante garra e com Marcell Pesti em evidência. Hugo Silva pediu por duas vezes o desconto de tempo, em jeito estratégico que devolveu a Portugal o ritmo necessário para recuperar uma desvantagem que chegou a atingir os quatro pontos de diferença. 

Porém, a Seleção Nacional reagiu a tempo com o auxílio da assertividade de, mais uma vez, Marco Ferreira, Miguel Tavares Rodrigues e André Marques. O desfecho do terceiro parcial e, consequentemente, do encontro, foi realizado com um bloco de André Marques e Filipe Cveticanin, que fixaram o resultado em 25-22. 3-0 foi o resultado final da partida que espelhou o favoritismo de Portugal. 

No fim do encontro, Miguel Tavares Rodrigues declarou que a seleção portuguesa tornou este jogo fácil e destacou a vontade que a equipa tinha de vencer. ”Jogamos sempre para  ganhar, mesmo com algumas mudanças na equipa ”, assegurou o jogador. Relativamente à Golden League, próxima competição a ser disputada pelos lusitanos, lamentou a ausência de André Lopes e Hugo Gaspar, mas salientou a importância de ”dar espaço a outros jovens atletas a encontrarem o seu lugar na seleção”.

O selecionador português, Hugo Silva, demonstrou agrado pela prestação dos jogadores nesta qualificação e salientou as dificuldades que os lusos podem vir a sentir na Golden League. ”O pensamento é lutar jogo a jogo e vencê-los. Temos que ser realistas e perceber que a equipa vai ser diferente e o patamar vai ser elevado”, afirmou. 

Com esta vitória, a seleção portuguesa masculina termina o apuramento para o Europeu apenas com vitórias. Portugal volta a entrar em campo para a participação na Golden League, que vai decorrer entre o final de maio e o mês de junho, num grupo que integra a Bielorrússia, a Turquia e a República Checa. O campeonato da Europa vai realizar-se em setembro. 

Artigo da autoria de Beatriz Faria 

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