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Hóquei: FC Porto vence SL Benfica e apuramento para a final decide-se no último encontro

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Depois da vitória no terceiro encontro das meias-finais dos play-offs frente ao Sport Lisboa e Benfica (SL Benfica), no Pavilhão da Luz, o Futebol Clube do Porto (FC Porto) regressou, este sábado, à casa das “águias” para disputar o quarto jogo desta eliminatória. Em caso de derrota, os “azuis e brancos” perdiam a oportunidade de disputar a final do campeonato, onde já se encontra o Sporting CP, enquanto a vitória do SL Benfica garantia a vaga na final aos lisboetas.

Contra-ataque foi a chave de ouro portista 

Os comandados de Alejandro Domínguez, técnico “encarnado”, começaram o jogo com mais posse de bola, mas Gonçalo Alves deixou claro, desde cedo, que os “azuis e brancos” queriam ganhar a partida. 

Ainda se jogava o segundo minuto de jogo quando, através de uma jogada individual, o capitão dos “dragões” conduziu a bola ao longo da pista, ultrapassou Valter Neves no um contra um e, na cara de Pedro Henriques, guardião do SL Benfica, colocou a bola rasteira dentro da baliza. Estava aberto o marcador no Pavilhão da Luz. 

Os primeiros minutos de jogo foram também marcados pelas diversas oportunidades de perigo desenhadas pelas duas equipas. Após o golo, o ritmo da partida acelerou e as “águias”, na resposta, obrigaram Xavi Malián a afirmar-se entre os postes da baliza dos “dragões”. 

Ao minuto quatro, o capitão dos “encarnados”, Valter Neves, teve que ser assistido depois da bola ter atingido o seu rosto. O FC Porto demonstrou uma boa atitude de fair-play com os jogadores portistas a envolverem o atleta das “águias” e as duas equipas médicas a colaborarem dentro de campo.

O SL Benfica não demorou a chegar ao golo do empate. Sergi Aragonès rematou de meia distância e aproveitou a dificuldade de visão de Malián para enganar o guarda-redes “azul e branco”.

A resposta dos comandados de Guillem Cabestany não tardou e, mais uma vez através de um contra-ataque rápido, Rafa deu vantagem aos “dragões”. Numa jogada de dois contra um conduzida por Xavi Barroso, o espanhol simulou o remate e ofereceu o golo a Rafa, que rematou de primeira. 

Nos minutos seguintes o FC Porto podia ter aumentado a vantagem. Ezequiel Mena foi o protagonista de duas grandes oportunidades de perigo, mas na cara de Pedro Henriques não conseguiu ultrapassar o guarda-redes benfiquista. O jogo interior dos visitantes continuava a dar cartas e a partida mantinha uma intensidade elevada. 

A aposta na defesa compacta dos “azuis e brancos” criou dificuldades ao ataque “encarnado”. Carlos Nicolía esteve perto do golo do empate, mas o poste da baliza de Malián impediu as “águias” de festejarem. Na resposta, Carlo Di Benedetto não foi além de duas jogadas individuais bem construídas, mas sem concretização. 

Aos 15 minutos, Aragonès viu cartão azul depois de uma falta cometida sobre Giulio Cocco e consequente exclusão de dois minutos. Na sequência, o FC Porto beneficiou de um livre e Gonçalo Alves teve a oportunidade de bisar, mas o remate direto foi travado com uma grande defesa de Pedro Henriques. 

A jogar com mais uma unidade, os pupilos de Cabestany aproveitaram para subir no terreno, mas acabaram por não conseguir aproveitar a superioridade numérica. Apesar do equilíbrio no jogo, o FC Porto era detentor de mais lances de perigo evidentes. 

Nos últimos minutos da primeira parte, o técnico “azul e branco” pediu à sua equipa para subir no terreno e não ficar tão compacta atrás. Os “dragões” cometeram a décima falta a dois minutos do fim da primeira parte e, na cobrança, Nicolía bateu Malián. O avançado argentino falhou o primeiro remate, mas na recarga fez o empate a duas bolas. 

O FC Porto insistiu nos lances ofensivos, numa tentativa de ir para os balneários em vantagem. Aos 24 minutos, uma jogada coletiva iniciada no lado esquerdo do ataque portista levou Cocco a passar por trás da baliza, Di Bendetto aproveitou, ganhou espaço, recebeu o passe atrasado perto da zona de penálti e colocou o resultado em 2-3 a um minuto do final da primeira parte. 

“Dragões” por cima nos momentos cruciais

A derrota não era o resultado desejado pelo SL Benfica e o início da segunda parte foi dominado pelos “encarnados”. Aos três minutos, a bola chegou mesmo a entrar na baliza de Malián, mas o árbitro da partida considerou que existiu infração de Ordoñez e o lance acabou por ser invalidado. O segundo tempo foi marcado por um ritmo de jogo frenético e os dois guarda-redes estiveram em destaque, com intervenções cruciais. 

Os “dragões” mantiveram o jogo pausado, com discernimento, a trabalhar bem no ataque, pela zona interior e exterior. A intensidade da partida levou o FC Porto a cometer muitas faltas. Aos 10 minutos da segunda parte, o SL Benfica beneficiou de um livre direto após a 15ª falta portista. No frente a frente com  Malián, Lucas Ordóñez desviou a bola do guarda-redes “azul e branco” e fez o 3-3 a quinze minutos do fim. As bolas paradas faziam a diferença para o lado “encarnado”.

As “águias” voltaram a ver um cartão azul com dez minutos ainda por jogar. Após falta sobre Xavi Barroso, Nicolía foi punido e deixou o FC Porto a jogar com mais um jogador. Chamado a cobrar o livre direto, Di Benedetto tentou fintar Pedro Henriques, mas o guardião “encarnado” levou a melhor. Na resposta imediata, Lucas Ordóñez ganhou uma grande penalidade, mas Xavi Malián defendeu o remate do argentino. 

A jogar em inferioridade numérica, o SL Benfica cometeu a 10ª falta. Os “dragões” beneficiaram da terceira bola parada, Gonçalo Alves converteu e bisou na partida para colocar o resultado em 3-4. O remate forte e rasteiro passou por baixo de Pedro Henriques, sem qualquer hipótese para o guardião encarnado. Em vantagem, o FC Porto deu, por vezes, a iniciativa de jogo ao SL Benfica e jogou com o relógio. Por outro lado, os comandados de Alejandro Domínguez insistiam nos remates de meia distância sem qualquer eficácia. 

Em desvantagem no marcador, o treinador das águias optou por jogar com cinco jogadores de campo. Sem guarda-redes na baliza, as águias acabaram por sofrer dois golos no minuto final: primeiro por Di Benedetto e depois por Gonçalo Alves. Os “dragões” fecharam o resultado final em 3-6. 

No final do encontro, Guillem Cabestany, técnico dos portistas, salientou que em mais um “jogo de vida ou morte” o FC Porto foi muito forte mentalmente. O treinador dos “dragões” considerou que a chave da equipa foi cometer “muito poucos erros graves”. 

Alejandro Domínguez, treinador do SL Benfica, afirmou que a equipa está triste e desiludida. O técnico  realçou que a formação tinha “uma ocasião fantástica” para ir à final, com dois jogos em casa, e não conseguiu. 

O comandante das “águias” assumiu a culpa pelo baixo rendimento da equipa. “Não conseguimos que a nossa defesa parasse os ataques do FC Porto, não conseguimos sair em transições e, sobretudo, não lhes conseguimos fazer a mesma mossa que eles nos fizeram em ataque organizado”, frisou.

Com este resultado, vai-se jogar o quinto e derradeiro encontro, na quinta-feira, no Dragão Arena. O vencedor da partida vai defrontar o Sporting CP  na final dos play-offs do campeonato nacional.

Artigo da autoria de Carolina Cardoso

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