Desporto

Andebol: FC Porto sofre mas está na final da Taça

Published

on

Depois de ter conquistado o bicampeonato e alcançado o feito de histórico de ser campeão apenas com vitórias, o Futebol Clube do Porto (FC Porto) deslocou-se, este sábado, até ao Pavilhão Multiusos de Pinhel para enfrentar a Associação Atlética de Águas Santas (Águas Santas) no encontro das meias-finais da final four da Taça de Portugal.

Naquela que foi uma reedição da última final da competição, disputada na época 2018/19, os “dragões” procuravam manter a invencibilidade a nível interno na temporada, enquanto a formação da Maia tentava surpreender os campeões nacionais e repetir a presença de há dois anos no encontro decisivo da prova. À espera do vencedor estava já o SL Benfica, que bateu o Sporting CP na outra meia-final, por 26-24.

Valente Águas Santas

Apesar do equilíbrio inicial e de Daymaro Salina, pivô dos “azuis e brancos”, ter sido o responsável por inaugurar o marcador, o FC Porto entrou de forma algo displicente na partida e isso acabou por ficar patente no marcador. Duas falhas técnicas consecutivas no ataque portista permitiram ao Águas Santas conseguir uma liderança de dois golos.

Aos dez minutos, outra falha ofensiva dos “dragões” deu a Ricardo Mourão, ponta dos maiatos, via aberta para colocar o resultado em 7-4. De forma algo surpreendente, os quarto classificados do campeonato conseguiram segurar a vantagem de três golos até meados do primeiro tempo, o que levou Magnus Andersson, treinador portista, a pedir um desconto de tempo para tentar corrigir a passividade defensiva do FC Porto e aumentar a fluidez no ataque.

Os comandados de Marco Sousa ainda fizeram o 12-8, mas erros consecutivos no ataque do Águas Santas deixaram que os “azuis e brancos” se voltassem a aproximar no marcador, com um parcial de 3-0. A três minutos do intervalo surgiu a primeira oportunidade para os “dragões” voltarem a empatar, algo que Victor Iturriza não desperdiçou. Ainda assim, novas falhas técnicas dos portistas no ataque permitiram que a formação da Maia fosse para os balneários a vencer por 14-13.

Voltas e reviravoltas resultam em igualdade

A segunda parte começou com uma defesa de Nikola Mitrevski, o guardião macedónio dos “dragões”, e com a aposta de Magnus Andersson no 7 para 6. Ainda nem três minutos estavam jogados da segunda parte e já o FC Porto tinha passado para a frente do marcador. As sucessivas exclusões para o lado do Águas Santas acabaram por desequilibrar a balança em benefício dos campeões nacionais que, aos oito minutos, chegaram ao 18-15.

Com Pedro Seabra Marques ao leme dos ataques e Pedro Cruz a fazer valer o estatuto de goleador da equipa – e do campeonato -, os maiatos apostaram também nos ataques em superioridade numérica. Apesar de alguns erros iniciais que levaram a interceções de Daymaro Salina, a aposta revelou-se certeira, uma vez que, aos 16 minutos, o Águas Santas operou uma impressionante reviravolta e fez o 22-20, na sequência de um parcial de 6-0.

Sem conseguir superar a muralha adversária, o FC Porto acusava algum nervosismo e cometia vários erros no ataque fruto de precipitações, enquanto a formação de Marco Sousa ganhava cada vez mais ânimo na partida e continuava a apostar no 7 contra 6, apesar da vantagem no resultado. Com a equipa em desvantagem e desconcentrada, Magnus Andersson viu-se forçado a gastar o segundo desconto de tempo quando ainda faltavam dez minutos para o final.

Apesar da recuperação no marcador, os “dragões” desperdiçavam as oportunidades de fazer o empate e, a menos de dois minutos do fim da segunda parte, o Águas Santas mantinha-se na frente do marcador. Contudo, António Areia acabaria por conseguir uma interceção fulcral que acabou não só com um livre de sete metros, convertido por Diogo Branquinho para o empate, como também com uma exclusão para Pedro Seabra Marques.

Ainda assim, os maiatos, apesar de terem rematado ao poste no seu último ataque, viram António Campos fazer uma excelente intervenção frente a Daymaro Salina, segurar o 27-27 e levar o encontro para prolongamento.

Maior frescura dita vencedor

No prolongamento, e com as duas equipas a manterem a estratégia ofensiva de 7 para 6, o FC Porto foi o primeiro a marcar e a colocar-se na frente do resultado, ao qual Pedro Cruz, lateral da formação da Maia, respondeu com o seu décimo golo no encontro. No entanto, Mitrevski e remates para fora do Águas Santas desnivelaram o resultado. 31-28, a favor dos “dragões”, era o resultado após os primeiros cinco minutos.

A desvantagem de três golos parecia irrecuperável, mas a verdade é que os comandados de Marco Sousa não desistiram e chegaram a estar a apenas um golo do empate, contudo, o livre de sete metros convertido por António Areia, a 15 segundos do fim, sentenciou a partida e fechou o resultado em 33-31.

Apesar de ter sido obrigado a esforços extra, o FC Porto confirmou o favoritismo e garantiu o seu lugar na final da Taça de Portugal, onde vai encontrar o rival SL Benfica e tentar a dobradinha. O jogo decorre este domingo, às 17h00, no Multiusos de Pinhel.

Artigo da autoria de Pedro Marques dos Santos 

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Exit mobile version