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Hóquei em Patins: FC Porto vence OC Barcelos no primeiro jogo das meias-finais

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Após ter eliminado nos quartos-de-final o Sport Clube de Tomar (SC Tomar) com duas vitórias, o Futebol Clube do Porto (FC Porto) recebeu o Óquei Clube de Barcelos (OC Barcelos) no Dragão Arena e saiu vitorioso. Os “dragões” conquistam, assim, a dianteira das meias-finais do campeonato nacional. A equipa minhota veio também de um duplo triunfo nos quartos, perante a UD Oliveirense. As vitórias por 4-3 fora e 3-2 em casa valeram o passaporte para as meias-finais.

Equilíbrio foi a nota dominante

O registo inicial da partida foi de grande intensidade no ringue, com ambas as formações a demonstrarem almejar o triunfo. O OC Barcelos foi a primeira equipa a ameaçar a baliza adversária, oportunidade à qual o guarda-redes do FC Porto respondeu da melhor forma.

Após uma sequência de boas intervenções dos guardiões, Xavier Malián, do FC Porto, e Constantino Acevedo, do OC Barcelos, surgiu o primeiro golo do encontro. A meio da primeira parte, Gonçalo Alves, de grande penalidade, abriu as hostilidades.

A reação minhota fez-se sentir dois minutos depois, outra vez de penálti, por Luís Querido. A reviravolta ficou consumada a seis minutos do final, por intermédio de Álvaro Morais. O avançado desferiu um potente remate de longe e bateu Malián. Estava feito o 2-1, para gáudio da comitiva barcelense, em peso no apoio à equipa.

Gonçalo Alves não tardou em repor a igualdade. Novo penálti deu o 2-2, resultado que se manteve até ao intervalo. O avançado portista ainda dispôs de outra soberana chance para marcar, que concretizou. No entanto, o árbitro ordenou a repetição do lance e, à segunda tentativa, Gonçalo Alves permitiu uma série de defesas a Constantino Acevedo.

Gestão emocional azul e branca fez a diferença

A segunda parte abriu logo com o 3-2 para o FC Porto. O suspeito do costume, Gonçalo Alves, anotou o hat-trick e colocou de novo a equipa visitada na frente. Seguiu-se uma intensa pressão dos visitantes, que impuseram um ritmo mais elevado nas suas jogadas. Nesse período, valeu aos dragões Malián. O guarda-redes espanhol defendeu um livre de Dário Giménez.

Mais dois golos de Gonçalo Alves, aos 27 e aos 31 minutos, conferiram maior tranquilidade ao público da casa na Dragão Arena. O resultado era de 5-2. O quinto tento foi apontado na sequência de uma simulação para penálti de Dário Giménez, que recebeu cartão azul e consequente exclusão de dois minutos.

O bis de Álvaro Morais parecia dar novo alento ao OC Barcelos, a meio da segunda parte. Sucedeu-se nova chance, porém, Giménez não conseguiu concretizar frente a Malián. O guardião azul e branco exibiu ainda os seus reflexos num bom remate dos visitantes um minuto depois.

A velha máxima do “quem não marca sofre” aplicou-se já dentro dos últimos 10 minutos de jogo. Dois golos consecutivos de bola parada anotados por Gonçalo Alves, pareciam terminar com as contas. 7-3 marcava o placard. O oitavo não surgiu por pouco a três minutos do fim. Gonçalo Alves, outra vez,falhou o livre, após exclusão de dois minutos de um elemento adversário.

A um minuto e meio do término da partida, houve tempo para a redução da desvantagem do OC Barcelos. Joca Guimarães foi o autor da cortesia. Ainda assim, Xavier Barroso fechou os números da vitória portista. 8-4 foi o resultado final.

Gonçalo Alves assumiu-se como figura preponderante do jogo, ao apontar sete golos, todos de bola parada. A sua eficácia permitiu aos “dragões” conseguirem avolumar o marcador. No plano defensivo, Xavier Barroso esteve em evidência, mas a exibição de Xavier Malián também é merecedora de destaque. O guardião espanhol manteve segura a baliza do princípio ao fim.

Do lado do OC Barcelos, a salientar as exibições bem conseguidas de Álvaro Morais, que marcou dois golos, e do capitão Luís Querido. O guarda-redes Constantino Acevedo também esteve a um bom nível. Pela negativa, Dário Gimenez, o melhor marcador da equipa, não esteve inspirado no momento da finalização, pelo que não converteu as duas mais soberanas chances que teve à sua disposição.

No rescaldo da partida, Ricardo Ares, treinador do FC Porto, salientou a qualidade da equipa do OC Barcelos e as “muitas dificuldades” que costuma criar aos oponentes. Ressalvou a irregularidade portista no jogo, embora tenha havido momentos em que “atacou muito bem”. Destacou ainda a importância dos livres diretos e das penalidades no resultado final, ao mencionar o “trabalho bem feito” nesse capítulo.

O treinador do OC Barcelos, Rui Neto, felicitou o FC Porto pelo triunfo, mas deixou o aviso de que a eliminatória não está fechada: “são cinco jogos e isto foi só um jogo”.

Com esta vitória, o FC Porto ganha vantagem no play-off sobre o OC Barcelos. O segundo jogo entre as equipas está marcado para o próximo sábado, dia 4 de junho, pelas 21:30h, no Pavilhão Municipal de Barcelos.

Artigo da autoria de Daniel Henriques

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