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UM FC PORTO QUE PROMETE

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O FC Porto soma e segue. Ao todo, são já cinco vitórias em cinco jogos oficiais disputados. Mais do que isso: cinco jogos sem sofrer golos. Cinco jogos em que o guarda-redes Fabiano, titularíssimo esta temporada, não teve necessidade de ir buscar a bola ao fundo das redes.

A nível interno, o FC Porto começa a destacar-se. À 3ª jornada, assume a condição de líder (em ex aequo com o Vitória de Guimarães e o Rio Ave) e tem já 2 pontos de avanço sobre o Benfica e 4 sobre o Sporting. Nada que preocupe os principais rivais, certamente. Faltam 31 jornadas para o final e o Campeonato é, acima de tudo, uma prova de resistência e não de velocidade.

Os outros candidatos ao título, para já em desvantagem pontual com os portistas, dirão que não interessa como tudo isto começa, mas sim como acaba. Lá para Maio do próximo ano far-se-ão as contas definitivas da Primeira Liga. Nessa altura já haverá campeão e, aí sim, poderá fazer-se um balanço global da época.

Ainda assim, o FC Porto parece, para já, levar vantagem sobre a concorrência directa. Os portistas têm esta época mais soluções ao nível do plantel, com dois jogadores para cada posição. Têm, podemos dizê-lo, um plantel tão rico em elementos de qualidade, que o FC Porto poderia formar duas equipas (ou dois “onzes”) distintas sem que se notasse a quebra de rendimento entre ambas.

No jogo da 3ª jornada, o FC Porto justificou plenamente a vitória folgada por 3-0 sobre o Moreirense. No entanto, teve que suar muito e, acima de tudo, ser paciente, mantendo a estabilidade emocional. Neste tipo de jogos, as equipas ditas “pequenas”, fechadas na defesa e pouco ousadas a atacar, criam normalmente dificuldades às equipas “grandes”. O que mais custa aos “grandes” é conseguir marcar o primeiro golo: porque depois, a partir daí, o adversário desorganiza-se, perde a união entre setores, comete erros não forçados e, não raras vezes, acaba por ser goleado.

No FC Porto-Moreirense, passou-se algo do género. O que custou foi “entrar” o primeiro golo. A 20 minutos do fim, o jovem prodígio Óliver Torres fez o 1-0, depois de uma grande jogada e assistência de Brahimi. O franco-argelino voltou a ser essencial para a vitória e assume-se, cada vez mais, como o “motor” da equipa: aquele que pauta o ritmo do jogo, um verdadeiro “maestro” a dirigir uma orquestra de elementos criativos e operários. Depois desse primeiro golo, os dragões ainda marcaram mais dois, vencendo tranquilamente por 3-0. E, pelo meio, Quintero ainda falhou um penalty, senão seriam quatro…

Os portistas terminaram o jogo com um domínio esmagador de 71% de posse de bola. Há, naturalmente, ainda muito por corrigir e afinar na “mecânica” da equipa, mas a verdade é que este FC Porto promete. A temporada é longa e haverá ainda muitos altos e baixos. Certamente momentos de descrença. Mas que o plantel tem potencial, lá isso tem. Ninguém o nega, mesmo os adversários e os “rivais” na luta pelo título.

Falta saber se Lopetegui conseguirá pôr a equipa a jogar um futebol coletivo, eficaz, de intensidade alta e que produza especáculo, pois é isso que traz público aos estádios. Falta saber se a equipa vai ser capaz de vencer jogos e ganhar títulos. Saberão os adeptos ser pacientes com a equipa e com o treinador, mesmo quando as exibições e os resultados não forem os melhores? É a questão que se impõe…

2 Comments

  1. David Guimarães

    08/09/2014 at 23:02

    Carlos Martins és uma boa descoberta do JUP!

    Um abraço!

    • Carlos Martins

      09/09/2014 at 12:08

      Obrigado, amigo. Um abraço

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