Desporto
Basquetebol: FC Porto sofre segunda derrota consecutiva para o campeonato
Após derrota no arquipélago dos Açores, frente ao Lusitânia, o Futebol Clube do Porto (FC Porto) viajou até Ovar, para defrontar a histórica equipa do basquetebol português, a Associação Desportiva Ovarense, num encontro que marca o fim da primeira fase do campeonato nacional.
Muito Ovarense, pouco Porto
A partida não começou da melhor maneira para a formação “azul e branca”. A equipa da Ovarense entrou a todo o gás no encontro e, com um parcial de 15-2, colocou em sentido o FC Porto. Estava dado o mote para aquilo que seria uma tarde muito difícil para os portistas.
Até ao fim do primeiro período, os “dragões” esboçaram uma reação, muito por culpa da excelente entrada em campo de Miguel Cardoso, que foi protagonista de um parcial de 0-7 e aproximou os dois conjuntos, depois de uma entrada em falso da turma forasteira. 24-18 foi o resultado do primeiro período.
O segundo quarto foi uma réplica do primeiro. Uma Ovarense mais compacta defensivamente e com mais paciência no aspeto ofensivo fez com que o FC Porto não conseguisse alcançar a turma vareira no marcador.
Apesar das constantes saídas e entradas de jogadores, com maior profundidade no banco, os “azuis brancos” em momento algum conseguiram superiorizar-se ao adversário.
Apesar de nos primeiros cinco minutos do segundo período o equilíbrio ter sido nota dominante, os restantes até ao intervalo foram muito mal conseguidos pelos portistas, que terminaram a primeira parte em desvantagem no marcador. 41-30 foi o resultado ao intervalo.
Entrada avassaladora, com derrocada nos minutos finais
O intervalo fez bem à formação “azul e branca”. Notou-se outra atitude em campo, com mais agressividade na defesa, no ressalto ofensivo e com ataques mais assertivos e com critério. Apesar da exclusão precoce do norte-americano Marvin Clark, com cinco faltas, os portistas continuaram a boa entrada na partida.
Um triplo de Michael Finke, jogador dos “dragões”, selou um parcial de 6-17 e igualou a partida a 47-47 com pouco mais de três minutos para jogar no terceiro quarto. João Tiago, treinador da AD Ovarense, foi obrigado a pedir um tempo de desconto, de forma a colocar um travão na reação dos “azuis e brancos” e falar com os seus jogadores.
Até ao fim do período, o FC Porto manteve a toada ofensiva e a recuperação consolidou-se, com um parcial de 9-24, que fez com que os “dragões” entrassem nos derradeiros dez minutos em vantagem no marcador. 50-54.
A vantagem portista era curta, o que previa um jogo emocionante até ao fim e foi o que se verificou. A Ovarense entrou concentrada e o marcador pouco se movimentou nos primeiros três minutos, com 54-54 a seis minutos do fim da partida.
Duas perdas de bola consecutivas do FC Porto fizeram soar os alarmes no banco dos “dragões”. Fernando Sá, logo após a sua equipa perder a vantagem, pediu um tempo de desconto, de forma a chamar a atenção dos jogadores para os minutos finais.
As sucessivas perdas de bola dos portistas fizeram com que a Ovarense acreditasse na vitória, e foi o que se verificou. O FC Porto não conseguiu nos momentos finais passar para a frente do marcador, nem mesmo com a entrada de Myers, habitual titular dos “dragões”, que apenas disputou os últimos três minutos do encontro.
Até ao fim do encontro, o domínio foi da formação da casa que não deixou escapar esta preciosa vitória, frente a um crónico candidato ao título. 71-67 foi o resultado final.
A nível individual, destaque para os jogadores dos “dragões” Miguel Cardoso e Michael Finke, com 20 e 19 pontos respetivamente. Do lado da formação vareira, Isaiah Johnson foi essencial para a vitória da sua equipa, com 16 pontos, oito ressaltos e oito assistências.
Ainda sem calendário definido, o FC Porto e a AD Ovarense irão disputar entre os dias 5 de março e 6 de maio a Fase Final do Grupo A, que irá definir a classificação final para o Play-Off, onde estão apurados os seis primeiros classificados do campeonato nesta fase regular: SL Benfica, Sporting CP, FC Porto, UD Oliveirense, AD Ovarense e CD Póvoa/Lusitânia.
Artigo da autoria de Duarte Alves