Connect with us

Desporto

Basquetebol: Sonho europeu chega ao fim na Finlândia

Published

on

Depois da derrota em casa, no passado dia 8, por um ponto, o FC Porto estava obrigado a vencer pelo menos por dois pontos para chegar a uma inédita meia-final europeia para o basquetebol azul e branco. A exibição do FC Porto ficou aquém do necessário para ultrapassar uma equipa finlandesa notoriamente superior.

Segundo período desastroso

O jogo começou e sentia-se um FC Porto a jogar a medo. Com essa postura, nos primeiros dois minutos o Karhu ameaçou começar a ganhar uma vantagem confortável. No entanto, a reação dos azuis e brancos deu-se pelo roubo de bola de Marvin Clark II que culminou com um afundanço e uma mudança na atitude da equipa de Fernando Sá. O FC Porto conseguia assim a sua primeira vantagem na Finlândia e foi nesse momento, talvez o melhor dos dragões ao longo de todo o encontro, que o FC Porto mais acreditou ser possível a passagem à próxima fase. 

Contudo, a boa intensidade defensiva do FC Porto, crucial para esse período que deixava o sonho vivo, não foi suficiente para travar uma eficácia exterior dos finlandeses. A pontaria afinada nos triplos contrastava com a escassez, tanto de tentativas como de concretizações, de bolas de três pontos do lado portista. O primeiro período acabava assim com uma desvantagem azul e branca de cinco pontos (24-19), mas esse equilíbrio não iria demorar muito.

Com um bom final de período a nível ofensivo, o Karhu manteve a tendência e pressionou o FC Porto a começar a cometer erros. Precipitações em tentativas de contra-ataque originavam bolas perdidas e os pequenos erros iam-se acumulando, formando-se um fosso de dez pontos entre as duas equipas.

Fernando Sá via-se obrigado a pedir um desconto de tempo para tentar mudar o rumo dos acontecimentos, mas, foi inglório pois no recomeço do jogo, não só a superioridade ofensiva do Karhu se manteve como a defesa tornou o jogo do FC Porto ainda mais complicado. O FC Porto ia para os balneários a perder por 42-28.

O período não podia ter corrido de pior maneira à equipa azul e branca. Não só a produção ofensiva foi baixa (nove pontos) como se sentia uma equipa refém da má exibição de Max Landis, que sempre pressionado pela defesa finlandesa e num dia para esquecer, acabava a primeira parte sem nenhum ponto marcado.

Conklin contra o mundo

O terceiro período não veio melhorar muito as coisas para o lado dos “dragões”, mas restabeleceu o equilíbrio do jogo. Uma diminuição clara na eficácia finlandesa permitia manter o sonho vivo, com uma diferença a rondar sempre a dezena de pontos.

Um dos responsáveis pela sobrevivência deste sonho europeu foi, sem dúvida, o poste Brian Conklin. Contra uma maré de ineficácia portista já levava 17 pontos ainda com quatro minutos do terceiro tempo por se jogar.

Um quarto que podia ter mudado o rumo do jogo, não fosse a grande quantidade de faltas do FC Porto que levaram por inúmeras vezes os jogadores da formação finlandesa para a linha de lance livre. Apesar de apresentar uma eficácia pouco animadora, o Karhu Basket ia marcando pontos e mantendo os “dragões” à distância (60-48).

Com um bom início de último período, o FC Porto mantinha o sonho das meias finais vivo. Por intermédio de Myers a diferença entre as duas equipas era de apenas um dígito, pela primeira vez desde o minuto quatro do segundo período. No entanto, uma série de bolas fáceis falhadas pelos azuis e brancos acabavam por apenas fazer o tempo passar e a diferença não reduzia.

Neste período, fez-se notar um FC Porto muito mais dependente de individualidades a fazer constantes penetrações no garrafão. Nisso Myers teve talvez o papel mais preponderante, não significando que tenha sido bom pois a sua concretização não teve a qualidade que a equipa necessitava naquele momento. Com a vantagem finlandesa nos 14 pontos a faltar três minutos para o fim do encontro, já não havia muito a fazer nem com que sonhar.

O resultado foi de 74-65 para o Karhu, que carimba assim a passagem às meias finais da FIBA Europe Cup.

Do lado do FC Porto realçam-se os 22 pontos de Brian Conklin, que fez umas das suas melhores exibições esta época, sendo claramente o jogador “mais” da equipa azul e branca. É de destacar ainda toda a campanha na competição realizada pelo FC Porto, que na primeira época com Fernando Sá alcança aqui um brilharete ao ter chegado pela primeira vez aos quartos de final da FIBA Europe Cup.

Os azuis e brancos terminam a sua campanha europeia e focam-se agora na Liga Betclic, na qual no próximo domingo recebem o Sporting Clube de Portugal em jogo a contar para a 3ª jornada da 2ª Fase.

Artigo da autoria de Igor Emanuel Oliveira