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Desporto

Basquetebol: FC Porto entra no Campeonato Nacional com o pé direito

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O FC Porto deslocou-se à Póvoa de Varzim com o intuito de dar um bom início a uma caminhada que espera acabar como campeão nacional. Mesmo com muitas caras novas no plantel, o ADN dos dragões manteve-se o mesmo e desde cedo a equipa da cidade Invicta procurou a vitória. Após um jogo equilibrado, foi o último quarto o decisivo, em que o CD Póvoa sucumbiu à superioridade e experiência da equipa portista.

Marés de superioridade promovem o equilíbrio

O jogo começou com a equipa da casa, embalada pelos adeptos, a superiorizar-se aos dragões nos primeiros três minutos. O FC Porto começou muito confuso nas movimentações defensivas. Com o avanço do jogo, a equipa de Fernando Sá foi ajustando-se ao ritmo do jogo e deu a volta ao marcador. Com um ritmo de jogo mais acelerado e o desequilíbrio constante da defesa dos poveiros, foi confirmada a superioridade azul e branca.

Coube a Max Landis marcar o primeiro triplo do jogo. Ambos os ataques estavam  melhores do que as defesas. Um jogo partido beneficiou o equilíbrio e o CD Póvoa conseguiu manter-se a uma distância pontual inferior à barreira psicológica dos dez pontos. Terminou então o primeiro quarto com os dragões na frente por 19-28.

O CD Póvoa voltou a entrar melhor no início do segundo quarto. Um erro defensivo da equipa azul e branca deu luz verde para o jovem Miguel Pedro lançar de três e colocar o jogo com uma diferença pontual de quatro pontos. Também o poste da seleção nacional, Gonçalo Delgado, deu continuidade ao bom momento da equipa da casa. Reduziu a vantagem do FC Porto para um ponto. 

Fernando Sá, sentindo a sua equipa a perder o controlo do jogo, voltou a colocar Max Landis para tentar agitar a manobra ofensiva e oferecer alguma criatividade. Com os ajustes, o FC Porto voltou a ganhar alguma vantagem. Keven Gomes tornou-se o foco do ataque portista. Muito requisitado pela vantagem nos duelos diretos por causa da sua altura, foi o elemento secreto do banco visitante ao longo do segundo quarto.

Como se tornou hábito ao longo dos anos, Miguel Queiroz impulsionou uma solidez defensiva azul e branca que provocou inúmeros turnovers da equipa da casa. O CD Póvoa passava quatro minutos sem pontuar e dava azo a um jogo de “marés”. Um jogo em que as equipas revezavam na superioridade do mesmo.

Dana Tate Jr. e Gonçalo Delgado deixaram a equipa da casa apenas a quatro pontos do FC Porto e o pavilhão fez-se ouvir. O jogo chegou ao intervalo com o resultado em 43-48, deixando assim muita expectativa para o que ainda estava por jogar.

Quarto período decisivo

A segunda parte começou com um afundanço imperativo de Phillip Fayne. Jogo muito corrido com o base da equipa da casa, Calvin Wishart a colocar o jogo a uma posse de bola. Max Landis não perdeu tempo e respondeu de imediato com uma bola de três pontos.   

Com quatro minutos de terceiro quarto decorridos, Clyde Trapp cometeu uma falta antidesportiva sobre Anthony Barber. O jogo continuou equilibrado e Dana Tate Jr. conseguiu colocar o encontro com dois pontos de diferença numa jogada de dois mais um. Os ânimos começavam a aquecer e, depois da falta antidesportiva de Trapp, era agora o treinador da equipa da casa, José Ricardo, quem lhe via ser atribuída uma falta técnica. O treinador do CD Póvoa não gostou das decisões da equipa de arbitragem e a contestação não passou despercebida.

Uma picardia entre Landis e Gonçalo Delgado desencadeou-se. Fernando Sá viu-se obrigado a tirar o norte-americano da quadra para acalmar o discernimento coletivo da equipa. O FC Porto beneficiou da anarquia em que o jogo se começou a tornar. No meio da confusão os poveiros não marcavam pontos e os dragões iam convertendo alguns cestos.

Resultado da substituição de Max Landis, o seu substituto, Nuno Sá, converteu um triplo que deu ao FC Porto uma vantagem na casa das dezenas. Assim, acabou o quarto com o resultado de 57-67.

O derradeiro quarto começou com o CD Póvoa a tentar reagir ao mau final de terceiro quarto. Nesse intuito, o poste português Gonçalo Delgado marcou um raro triplo com falta, possibilitando uma jogada de quatro pontos.

Barber respondeu para o FC Porto e, de repente, a partida entrou numa maré de eficácia atacante da zona dos três pontos para ambas as equipas. O extremo portista Nuno Sá foi sancionado com uma falta técnica por simulação a meio do último quarto e permitiu uma ligeira aproximação do resultado. A equipa da casa estava assim a cinco pontos do conjunto azul e branco . Os adeptos acreditavam numa recuperação.

Dois triplos de Cleveland Melvin e Anthony Barber colocaram um ponto final no jogo, com o FC Porto a chegar aos 11 pontos de vantagem. Nos últimos dois minutos, o poste do CD Póvoa, Nathan Johnson, foi excluído do jogo. O encontro chegou ao fim e a vitória sorriu ao FC Porto (76-91).

A nível individual são de destacar, no lado azul e branco, as exibições de Phillip Fayne, com 20 pontos, e Anthony Barber, com 16 pontos, nove ressaltos e sete assistências. Barber marcou assim uma estreia pelos dragões muito consistente em todas as vertentes do jogo. Do lado poveiro, Onno Stegger, com 17 pontos, e Gonçalo Delgado, com um duplo-duplo (13 pontos e 11 ressaltos), foram as melhores individualidades.

A equipa de Fernando Sá concentra-se agora nas provas europeias. O próximo jogo dos dragões é a contar para a qualificação da FIBA Europe Cup contra os lituanos do Nevezis. O jogo será na próxima terça feira, dia 3 de outubro, às 17h no Dragão Arena.

Artigo da autoria de Igor Emanuel Oliveira