Artigo de Opinião
O EXAME DE COIMBRA
Aprovado com distinção. Foi esta a nota com que o FC Porto saiu de Coimbra, cidade dos estudantes. Os dragões entraram em campo com a lição bem estudada sobre o que teriam que fazer para alcançar a vitória e somar os três pontos, indispensáveis para uma equipa que quer continuar a lutar pelo título.
Ao contrário de outros jogos esta temporada, em que os dragões apresentaram uma apatia confrangedora, desta vez a imagem deixada em campo foi diferente. Os azuis e brancos fizeram questão de mostrar, desde o primeiro minuto, aquela atitude, garra e vontade de vencer que são a imagem de marca do clube. A equipa procurou chegar ao golo o mais cedo possível, mas de forma metódica e objetiva. Alcançado o primeiro golo (por Jackson), a ordem que veio do banco foi para não abrandar o ritmo de jogo enquanto não fosse aumentado o score. E assim foi: o cha cha cha bisou logo a seguir, com um golo do outro mundo.
Com uma vantagem de dois golos ao intervalo, a nação portista sentiu o jogo bem encaminhado para a vitória. Mas Lopetegui exigia mais. Ora, a equipa decidiu fazer-lhe a vontade e arrumar a questão, logo no início da segunda parte: Cristian Tello, com um grande passe, desmarcou Herrera e este só teve que desviar a bola do guarda-redes, com um ligeiro toque. Com o resultado em 0-3, o jogo estava ganho.
Antes de um importante duelo entre FC Porto e Benfica, era importante não perder pontos e manter a distância pontual para o rival. Assim, em caso de vitória no próximo domingo no Dragão, o FC Porto alcança os encarnados na liderança do Campeonato.
Obrigado a somar os três pontos em Coimbra, o FC Porto fez pela vida. Jackson Martínez teve uma noite de glória – mais uma das muitas que tem tido desde que, há dois anos, chegou a Portugal. Com os dois golos que marcou à Académica, isolou-se na liderança da tabela dos melhores marcadores. Ao todo, o colombiano leva 10 golos em 12 jornadas da Primeira Liga. Jackson continua a bater recordes, tendo, na jornada anterior, ultrapassado o compatriota Falcão no número de golos marcados no Estádio do Dragão.
A juntar aos golos que marcou na Primeira Liga, há ainda que juntar os cinco que Jackson marcou em outros tantos jogos na Liga dos Campeões, o que perfaz uma impressionante média de um golo por partida.
Quem também tem estado em grande é o espanhol Cristian Tello. As estatísticas não mentem: é ele o “rei das assistências” para golo (um total de seis) na equipa do FC Porto. O protagonismo que o jovem espanhol vem assumindo tranquiliza os adeptos portistas, que, no próximo mês de Janeiro, não vão poder contar com o argelino Brahimi, ausente por algumas semanas na Taça das Nações Africanas (CAN).
Antes do “clássico” do próximo domingo, frente ao Benfica, o FC Porto tem, a meio da semana, um desafio da Liga dos Campeões, só para cumprir calendário. O jogo é contra o Shakhtar Donetsk e, apesar de o resultado em nada alterar a classificação final, a ordem é para vencer. Ninguém vai querer, por isso, facilitar. Afinal de contas, está um milhão de euros em jogo…
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