Artigo de Opinião

ACABAR O ANO A VENCER

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É sempre bom terminar o ano com uma vitória. Em Vila do Conde, o FC Porto criou oportunidades de golo suficientes para vencer de forma folgada o Rio Ave, mas marcou apenas por uma vez. Ainda assim, foi quanto baste para conquistar os três pontos num jogo a contar para a primeira jornada da fase de grupos da Taça da Liga.

A vitória portista foi inteiramente justa e não merece contestação, tal o caudal ofensivo demonstrado pela equipa durante a partida. Os dragões dominaram por completo o jogo, não dando hipóteses a um adversário que, apesar do esforço e dedicação dos seus jogadores, chegou a dar sinais de desnorte em campo. De facto, nos primeiros 30 minutos de jogo, o domínio portista foi de tal forma acentuado que, não fosse a pouca eficácia dos seus avançados na hora de rematar à baliza, o resultado podia ter chegado à goleada.

Adrián López, Aboubakar, Quaresma e Casemiro falharam oportunidades claras de golo, em lances onde faltou mais calma e discernimento para encostar a bola para dentro da baliza. Convém no entanto frisar que, nestes lances, não houve apenas demérito dos jogadores azuis e brancos, mas acima de tudo muito mérito do guarda-redes do Rio Ave, o jovem brasileiro Ederson (o melhor em campo), chamado recentemente para a Seleção de sub-21 do Brasil. Apesar das muitas oportunidades de golo criadas pelo FC Porto, foi com o nulo no marcador que se chegou ao intervalo.

Já na segunda parte, os portistas conseguiram finalmente o golo. Na sequência de um canto, o ponta-de-lança camaronês Aboubakar aproveitou da melhor forma um lance confuso para colocar a bola no interior da baliza.

Logo a seguir, o espanhol Adrián López, numa excelente jogada individual, rematou ao poste da baliza vila-condense, num lance em que merecia melhor sorte. Apontado como o flop da época portista (custou 11 milhões por 60% do passe, mas pouco tem rendido em campo), o espanhol mostrou-se neste jogo mais confiante e também melhor “sintonizado” com os companheiros de equipa. Veremos se em 2015 teremos um Adrián López de volta aos bons velhos tempos…

Quanto ao Rio Ave, o melhor que conseguiu em todo o jogo foram duas boas oportunidades de golo: na primeira parte, o avançado Jebor teve um cabeceamento perigoso, a que Andrés Fernández se opôs; e, na segunda parte, o brasileiro Diego Lopes cabeceou à barra da baliza portista.

O treinador dos dragões, Julen Lopetegui, aproveitou este jogo da Taça da Liga para fazer descansar alguns dos habituais titulares, deixando de fora da convocatória Fabiano, Danilo, Maicon, Jackson Martínez, Herrera e Alex Sandro. O técnico aproveitou assim para dar minutos de competição a jogadores como Ricardo Pereira e José Ángel (alinharam nas laterais defensivas e estiveram em bom nível), bem como ao central mexicano Diego Reyes (muito eficaz nas “dobras” e com bom tempo de “corte”).

A Taça da Liga constitui uma oportunidade para os jogadores menos utilizados mostrarem ao treinador que são uma opção válida para o que resta da época. A temporada é longa e, como se sabe, o FC Porto apenas disse adeus à Taça de Portugal, tendo ainda como objetivos o Campeonato, a Liga dos Campeões e a Taça da Liga. São três troféus em disputa, o que vai obrigar o treinador a “rodar” a equipa. Só no mês de Janeiro, os azuis e brancos vão ter três jogos da Taça da Liga: oportunidades mais do que suficientes para que todos se esforcem por merecer a aposta de Lopetegui…

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