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Crónica

TIAGO – COMO O VINHO DO PORTO

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António Aroso

António Aroso

No final do jogo Atlético Madrid- Real Madrid poderia escrever sobre vários aspetos positivos que a equipa de Simeone apresenta na sua organização defensiva e ofensiva, interpretação perfeita das transições (defensiva e ofensiva) e agressividade (desta vez na dose certa!). Das várias exibições de encher o olho do Atletic, o que mais me saltou à vista foi a do português Tiago.

Quando se analisa a carreira de Tiago, que passou por grandes clubes Europeus como Braga, Benfica, Chelsea, Lyon, Juventus e Atletico Madrid (há 6 temporadas), verificamos que a sua posição foi modificando ao longo do tempo. No início como médio criativo ou médio interior, percebíamos que estávamos perante um bom jogador, bom toque de bola, leitura de jogo com cabeça levantada, boa qualidade de passe e com “chegada” à área contrária.

Percebia-se no entanto que em equipas de top do futebol europeu, Tiago era apenas mais um elemento, raramente a sua qualidade sobressaía jogando com jogadores tecnicamente mais evoluídos e criativos na sua posição. Desde o ciclo Simeone no Atletico, Tiago transformou-se noutro tipo de jogador, a jogar normalmente numa estrutura com duplo pivot defensivo, tornou-se um jogador fundamental nos equilibrios, percebe como ninguém os tempos de jogo, quando tem que acelerar o jogo da sua equipa ou quando temporiza na saída de bola, aliando essas qualidades a uma boa visão de jogo, qualidade de passe e não raras vezes aparece em zonas de finalização. Ou seja, aos 33 anos está na plenitude da sua capacidade, sendo um jogador fundamental na manobra da sua equipa, tendo dessa forma “obrigado” o selecionador Fernando Santos a ir chamá-lo de uma reforma extremamente precoce!

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