AS MULHERES E O DESPORTO

Em Portugal, as mulheres sempre foram livres de assistir aos jogos das modalidades desportivas. No nosso país sempre houve igualdade de géneros nesta matéria.

Segundo a “Declaração Universal dos Direitos do Homem”, proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU), “todos os seres humanos podem invocar a presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação” (art. 2º).

Por outro lado, “toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres” (art. 24º) e “o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade” (art. 27º).

No entanto, esta liberdade das mulheres no acesso a recintos desportivos não se verifica em algumas zonas do globo. No Irão, uma jovem de 25 anos foi condenada a um ano de prisão por tentar ver um jogo de voleibol masculino entre as seleções iraniana e italiana. Ghoncheh Ghavami foi presa em junho, juntamente com outras mulheres. Foi espancada e depois libertada. Mas, em novembro, voltou a ser detida e julgada, sob a acusação de “propaganda contra o regime”.

Também na Arábia Saudita as mulheres estão proibidas de assistir a eventos desportivos e a prática desportiva está limitada. Parece difícil de acreditar, mas é uma realidade em pleno século XXI.

Como diria George Orwell no célebre livro “O Triunfo dos Porcos”: “Somos todos iguais, mas há uns mais iguais do que outros”…