Educação
RELAÇÕES INTERNACIONAIS: A IMPORTÂNCIA DE GERIR RELAÇÕES ENTRE NAÇÕES
Esta área começa cada vez mais a receber alunos interessados no estudo das relações entre nações.
O que se aprende em Relações Internacionais?
Nos cursos de Relações Internacionais a História, a Sociologia e a Economia são disciplinas de peso na área. No entanto, os cursos existentes procuram explorar outras áreas de estudo: Psicologia, Antroplogia, Direito e Geografia. Durante a licenciatura os alunos procurarão compreender a importância das relações sociais, políticas e económicas dos diferentes países.
No caso da UP, o curso de Línguas e Relações Internacionais, existente na academia desde 2007, tem como vantagem a de ser também um curso de línguas. De acordo com o Professor John Greenfield (atual diretor do curso na FLUP) dos 180 créditos que constituem o curso, 72 são créditos debruçados em disciplinas de línguas. Os alunos aprendem dois idiomas neste curso. É também dos cursos da UP com média mais alta: neste ano a média do último aluno colocado foi de 17,6.
As opções de locais para exerção de funções na área são variadas. No mestrado em História e Relações Internacionais da Universidade do Porto existe a opção de estágio para concluir esse curso. O Professor Manuel Loff expôs-nos que as opções são bastante flexíveis, podendo os estágios decorrer, por exemplo, em embaixadas com sede em Portugal, gabinetes de relações internacionais de faculdades, empresas de exportação, empresas de consultoria, etc.
Uma área que está a ganhar interessados
O JUP fez um pouco de investigação e descobriu um aumento relevante de 2010 para o presente ano letivo. Em 2010 registaram-se, na primeira fase de candidaturas 440 entradas nas licenciaturas em Relações Internacionais (incluindo os cursos em regime pós-laboral). Em 2011 houve um aumento de 11 entradas em relação ao ano anterior. Nos dois anos seguintes, o valor seria mais ou menos similar. Contudo, em 2014 já esse número tinha aumentado para 474 entradas e, neste ano, as entradas estiveram perto dos 500. De 2010 para 2015, o aumento de ingressos foi de cerca de 13%.
Até mesmo no caso do mestrado em História e Relações Internacionais da Universidade do Porto se observa um aumento de interessados em ter um novo grau académico nesta área. As motivações são várias: o interesse pela cooperação internacional, pelo trabalho com organizações não-governamentais ou internacionais, pela diplomacia, etc.
Importância da paz entre nações
O Professor John Greenfield salientou ainda que o curso estuda o relacionamento entre estados, relacionamento esse que classifica como sendo “agressivo”. “Sobretudo depois das guerras, as Relações Internacionais tentam entender quais os motivos que levaram à guerra e tentar evitá-la novamente. O estudo das Relações internacionais pode evitar as guerras e contribuir para a paz.”
Manuel Loff explicou ao JUP que a guerra é, de certa forma, um Instrumento de Relações Internacionais. A Primeira Guerra Mundial deu origem a uma tentativa de democratização do sistema internacional com a criação da Sociedade das Nações. Não impediu a Segunda Guerra Mundial, no entanto, depois do segundo conflito, criou-se a ONU, cujo trabalho é reconhecido à escala internacional. “Nesse sentido as Relações Internacionais, analisando o conflito, seja sob forma de guerra ou não, e concentrando-se no estudo de como o evitar e dirimir de forma pacífica, têm um papel central no estudo justamente daquilo que pode conduzir ao conflito, mas também à criação de condições para o evitar.”