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Educação

FILIPPO FIUMANI: O TALENTO NÃO TEM FRONTEIRAS

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Filippo Fiumani ficou conhecido na imprensa portuguesa pelo projeto “Le Mani”, uma caneta elétrica que ajuda os invisuais a “ver” o que desenharam, através do toque. O traço em relevo numa superfície em papel, uma das peculiaridades do objecto, foi resultado de diversas experiências, que culminaram num resultado final: “Le Mani”. O jovem italiano, residente em Lisboa, esclareceu por email ao JUP, que o projeto permite ainda a “artistas e jovens designers experimentar novas formas de expressão”.

O reconhecimento não será totalmente atribuído a “Le Mani”, a verdade é que as ilustrações são uma parte significativa do trabalho de Filippo. A paixão pelo surf permitiu que conciliasse dois mundos, o mar como fonte de inspiração e o design como um instrumento de trabalho. Para o jovem designer, a ligação nunca foi muito refletida, uma vez que receava “cair num mundo onde o design acabasse por ser algo superficial e sem sentido”.

A diversidade dos projetos não impede que Filippo, permaneça fiel aos objetivos que idealiza em todos os seus trabalhos: “comunicação, respeito e utilidade”. Um exemplo será o retrato do poeta Fernando Pessoa, um projeto que “nasce da ideia de apresentar Lisboa de uma forma inovadora e com isso explorar novas formas de comunicação visual”.

A ligação ao país de origem não poderia ficar esquecida no trabalho do jovem designer. Mora Orfei, uma circense italiana durante os anos 90, permaneceu no imaginário de Filippo e serviu de pretexto para criar não só uma homenagem à artista, como também uma ilustração que representasse a viagem de regresso do jovem a Itália.

A permanência em Portugal deve-se sobretudo ao surf e às pessoas: “Acho que a primeira razão que me levou a permanecer em Portugal foi a grande paixão que tenho pelo surf. Na costa portuguesa há a possibilidade de surfar boas ondas com gente boa.” A espontaneidade portuguesa e todas as influências arquitetónicas, gastronómicas e até espirituais, fazem com que Filippo Fiumani sinta que Portugal seja: “o lugar certo para mim, pelo menos no momento que estou a viver.”.

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