RUI MOREIRA REAGE À VENDA DO EX-COLÉGIO ALMEIDA GARRETT

A Universidade do Porto decidiu colocar em hasta pública o edifício do antigo colégio Almeida Garrett, por falta de utilidade para a instituição desde 2001, prometendo reinvestir integralmente os 6,1 milhões, resultantes da venda do imóvel à promotora e gestora imobiliária Real Douro, na reabilitação de outras estruturas da universidade.

Após a sugestão pública dos três partidos PS, PCP e BE de que a Câmara Municipal do Porto deveria substituir-se ao mercado e adquirir o edifício, o movimento Rui Moreira insurge, acusando as declarações de serem “populistas e demagogas, que pressionam o presidente da Câmara Municipal do Porto a cumprir uma “agenda pró-centralista”.

No seu comunicado, Rui Moreira argumenta que para a aprovação da decisão da Universidade do Porto foi nomeado um Conselho de Curadores pelo Governo constituído ou suportado pelos partidos do PS, PCP e BE, e questiona se a sugestão destes passa por “colocar os portuenses a pagar com o seu orçamento local o que Estado Central entende não ter interesse e acorda colocar no mercado”.

O artigo reprova também o entendimento do vereador socialista Manuel Pizarro de que deve ser a Câmara a pagar a preço de mercado o património que a instituição pública decide vender, disputando que não só existem interessados em pagar acima dos valores de avaliação, mas também que a compra por parte da autarquia mitigaria o subfinanciamento da UP, esse que é a razão da decisão de venda.

O movimento independente recusa totalmente o populismo de uma “visão estatizante e simultaneamente centralista que tem sido defendida pelo PS do Porto”, advogando que a Câmara “tudo deveria comprar, mesmo quando não se vislumbra interesse público e mesmo quando o vendedor é uma instituição tutelada pelo seu governo”.

Os independentes contestam ainda a incoerência do PS do Porto, presidido por Manuel Pizarro, de não exigir ao seu Governo que invista na Universidade do Porto.